“Desempenho eleitoral de Caiado em 2022 pode ser igual de Mendanha em 2020”

07 fevereiro 2021 às 00h00

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O governador de Goiás pode comandar uma das maiores frentes políticas e tem condições de superar a votação de 2018

Na semana passada, numa conversa com líderes de cinco partidos, um deles se considera de oposição, um repórter do Jornal Opção colheu uma informação útil para o entendimento do processo político de Goiás. “O que se quer é juntar todo mundo ao lado do governador Ronaldo Caiado para a disputa de 2022”, disse um deputado. O jornalista estranhou: “Como assim?” O deputado pontuou: “Observe o quadro político-eleitoral de Aparecida de Goiânia em 2020. O prefeito Gustavo Mendanha ganhou com 95% dos votos válidos e, a rigor, não teve oposição”.
Quando o parlamentar terminou sua fala, o supostamente oposicionista disse: “Acredito que é possível uma aliança de Ronaldo Caiado com Daniel Vilela e Gustavo Mendanha para a disputa do próximo ano. Mas a união precisa ser construída, passo a passo, e não de imediato”. Em seguida, outro parlamentar interferiu na conversa (todos pediram off): “Deu para perceber que o ex-prefeito Iris Rezende e Daniel Vilela se reaproximaram? O motivo é um só: os dois devem caminhar com Ronaldo Caiado na disputa de 2022”.
O problema, avalia um outro parlamentar, é a montagem da chapa majoritária. “É certo é que, como Caiado será candidato à reeleição, só há duas vagas na chapa — uma para vice-governador e uma para senador. Quem vai ocupá-las? O meio-campo está embaralhado. Alexandre Baldy estava se cacifando para a disputa do Senado. Mas, com o MDB no jogo, houve certo congestionamento. Daniel Vilela tanto pode ser vice quanto candidato a senador. Há também o fator Iris Rezende, que, embora diga que se aposentou, pode postular mandato de senador. Com Rogério Cruz na Prefeitura de Goiânia, o Republicanos se fortaleceu e pode bancar João Campos para o Senado, o que aumenta a confusão.”
O líder de um partido acrescentou: “Há também o Podemos — que tem o prefeito de Catalão, Adib Elias, e o deputado José Nelto — e o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, do PSB. Tanto Adib Elias quanto Lissauer Vieira querem ser vice de Caiado, na crença de que, reeleito, deixará o governo, em 2026, para disputar mandato de senador, então o vice se tornará governador e, daí, candidato à reeleição”.
Um dos deputados sugeriu que não se deve descartar o prefeito de Anápolis, Roberto Naves, do Progressistas. “Na hipótese de recomposição, o PP tem cacife para bancar o vice de Caiado, e seu nome mais forte é do gestor municipal. E Baldy está ‘cotovelando’ para entrar no jogo.”