Daniel e Wilder vão usar eleição de 2024 como 1º tempo da disputa do governo em 2026

12 fevereiro 2023 às 00h00

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Aos aliados, o senador Wilder Morais (PL) tem dito que não se interessa por cargos nos governos de Rogério Cruz (Republicanos), no plano municipal, de Ronaldo Caiado (União Brasil), no plano estadual, e de Lula da Silva (PT), no plano nacional.
O motivo é político. Wilder Morais planeja ser candidato a governador de Goiás, em 2026, e sabe que não terá o apoio de nenhum dos três. O governador Ronaldo Caiado tende a bancar seu vice, Daniel Vilela (MDB), para o governo do Estado no próximo pleito. Rogério Cruz não tem posição definida, mas, no momento, está associado à base do gestor estadual. Lula da Silva não vai apoiar, obviamente, um bolsonarista para o governo do Estado.
Por saber de tudo isto, Wilder Morais decidiu “colar” no senador Vanderlan Cardoso (e vice-versa). Vai apoiá-lo para prefeito de Goiânia, em 2024, com o objetivo de ter seu apoio em 2026. Se Ronaldo Caiado vai ser o padrinho de Daniel Vilela, o senador Vanderlan, se eleito prefeito da capital, será o padrinho de Wilder Morais.
O senador do PL trabalha também a possibilidade de um possível retorno de Jair Bolsonaro, em 2026, disputando a Presidência da República. Se não retornar, devido a uma possível suspensão de seus direitos políticos, ainda assim terá influência no pleito e Wilder Morais acredita que absorverá parte de seu prestígio.
Então, Daniel Vilela e Wilder Morais vão usar a disputa municipal de 2024 como uma espécie de primeiro tempo para a disputa de 2026. Desde já, são os principais pré-candidatos ao governo de Goiás e, portanto, rivais empedernidos.
Há quem planeje uma chapa de Wilder Morais para governador com Gustavo Mendanha (Patriota) na vice.