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A secretária de Economia, Cristiane Schmidt, pode permanecer no governo de Goiás. Tanto no atual cargo quanto no comando da Saneago. Não há resistência ao seu nome para o comando da Companhia de Saneamento de Goiás. Porque é uma técnica gabaritada.

Cristiane Schmidt é séria e responsável, mas há quem, no governo, acredite que precisa reduzir, ao menos em parte, a vaidade. Fica-se com a impressão, por vezes, que fez e faz tudo sozinha, e não em ação combinada com uma equipe, por sinal, liderada pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Veja-se um exemplo: a recuperação fiscal do Estado — a aprovação do Regime de Recuperação Fiscal — não foi tão-somente uma operação técnica, formulada por economistas, e sim também, e sobretudo, uma decisão política, para a qual o governador trabalhou, dia e noite, de maneira incansável.

Há outra questão. A técnica Cristiane Schmidt tinha bons contatos com a equipe de Paulo Guedes, o ex-ministro da Economia. Entretanto, no governo de Lula da Silva, a abordagem é outra (o monetarismo cede espaço ao desenvolvimentismo, ao menos em parte), e a economista não tem pontes com a nova gestão. Terá tempo (e habilidade política) para construí-las?