Coronel Ricardo Rocha pode disputar a Prefeitura de Rio Verde em 2024

18 dezembro 2022 às 00h04

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Em Rio Verde, espécie de “capital” do Sudoeste goiano — por ser o município mais próspero da região, além de ter o maior eleitorado —, os “jogadores” começam a entrar em campo, com variadas articulações, visando ser campeão na disputa pela Prefeitura de Rio Verde.

O prefeito Paulo do Vale, do União Brasil, tem dois nomes consistentes para a disputa: o vice-prefeito e produtor rural Dannillo Pereira, do PSD, e o médico Wellington Carrijo, possivelmente pelo MDB.
Dannillo Pereira tem a vantagem de ser vice-prefeito e de ser primeiro suplente de deputado federal (e pode assumir, se Ismael Alexandrino se tornar ministro da Saúde do governo de Lula da Silva, indicado pelo PSD). Noutras palavras, tem experiência política.

Wellington Carrijo não tem a mesma experiência política, mas é apontado como uma pessoa que tem forte empatia com os moradores de Rio Verde.
Qualquer um que for bancado por Paulo do Vale sairá na frente, como favorito, porque o prefeito é um bem avaliado como gestor, e, possivelmente, os eleitores poderão optar por um candidato da continuidade.

A novidade no pleito pode ser o coronel Ricardo Rocha. O militar tem domicílio eleitoral no município, sua mulher é da cidade e seus filhos nasceram em Rio Verde. Ele é popular em Rio Verde, pois, quando comandante local da Polícia Militar, contribuiu, de maneira acentuada, para reduzir a criminalidade em toda a região Sudoeste.
Se for apoiado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, Ricardo Rocha poderá se tornar, eleitoralmente, um postulante consistente. Se vinculado ao agronegócio, ficaria ainda mais forte.

Há quem postule que Lissauer Vieira poderá ser candidato a prefeito, bancado pelo agronegócio (que estaria chateado com o deputado porque, embora tenha prometido, não conseguiu barrar o projeto que taxa o agronegócio e o setor de mineração), ou então poderá bancar a candidatura do deputado Karlos Cabral, do PSB. Porém, o agronegócio bancaria um candidato de esquerda, filiado ao Partido Socialista Brasileiro? Dificilmente.

Há, porém, uma pedra no caminho de Lissauer Vieira, e de seus possíveis candidatos: o ex-deputado federal Heuler Cruvinel, do Patriota, planeja ser candidato a prefeito empunhando a bandeira de defensor do agronegócio.
Heuler Cruvinel foi candidato a vice-governador na chapa de Gustavo Mendanha, pelo Patriota, e a dupla deu-se mal. Falta-lhe uma aliança com substância na cidade. Porém, se, de fato, o agronegócio o bancar, com estrutura financeira e política (que terá ser criada, pois hoje não existe), passa a ter alguma força eleitoral.

O PSDB — leia-se ex-governador Marconi Perillo — pretende lançar a candidatura do médico Osvaldo Fonseca Jr. a prefeito.
Osvaldo Jr. saiu-se bem no pleito de 2020, ficando em segundo lugar, com boa votação, mas perdeu o apoio do MDB de Manuel Cearense e não será mais bancado pelo ex-prefeito Juraci Martins, que se reaproximou do prefeito Paulo do Vale. Os tucanos, que se tornaram “profissionais da derrota”, podem arrastar o jovem médico para o fundo do poço. Políticos hábeis se aliam com aqueles que podem fortalecê-los. Estranhamente, Osvaldo Jr. está se apoiando em políticos que estão em decadência e não têm força eleitoral em Rio Verde.

O PT tende a lançar Professor Vavá, pela segunda vez, e mais para marcar posição do que para competir realmente.