Candidaturas de Márcio Corrêa e de João Gomes podem enfraquecer Gomide em Anápolis

05 abril 2020 às 00h01

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Num momento de crise, um prefeito com ligações com o governo federal e com o governo estadual tende a gerir melhor sua cidade. É o caso de Roberto Naves

A tendência é que ao menos seis políticos disputem a Prefeitura de Anápolis nas eleições de 4 de outubro (ou de dezembro): Antônio Gomide, do PT, Humberto Evangelista, do PSD, João Gomes, do PSDB, Márcio Correia, do MDB, Roberto Naves, do PP, e Valeriano Abreu, do PSL.
Experts em política de Anápolis sustentam que a batalha principal será entre o prefeito Roberto Naves e o ex-prefeito Antônio Gomide.

Ao contrário do petista, o líder do Progressistas conseguiu montar uma estrutura ampla, com vários aliados. Roberto Naves é um articulador político hábil e pesquisas mostram que é bem avaliado como gestor, quer dizer, como prefeito. O progressista conta com o apoio dos governos estadual e federal — o que, em um momento de crise, pode fazer a diferença. O país vai crescer menos entre 2020 e, mesmo, 2021. Então, um prefeito com mais ligações administrativas, como é o caso de Roberto Naves, tende a administrar melhor sua cidade.

Antônio Gomide enfrenta, além da rejeição do PT em Anápolis e do fato de que, se eleito, não terá o apoio do governo federal (anti-petista roxo) e do governo estadual (igualmente anti-petista), um outro problema. Pelo menos dois pré-candidatos, se confirmarem a decisão de disputar, tendem a “retirar” votos exatamente do deputado estadual: Márcio Corrêa e João Gomes. As duas candidaturas esvaziam, ao menos em parte, a de Gomide. Um petista local contrapõe: “Márcio Corrêa, na verdade, quer se cacifar para ser vice de Antônio Roberto. Ele não será candidato a prefeito”. Ao Jornal Opção, pelo contrário, o jovem empresário e dentista disse que, como tem apoio do presidente regional do MDB, Daniel Vilela, e dos pré-candidatos a vereador, deve postular a prefeitura.

João Gomes foi filiado ao PT, partido pelo qual, como vice de Antônio Gomide, assumiu a prefeitura. O político não é apontado como candidato forte, mas parte de seu eleitorado ainda pode tem a ver, possivelmente, com seus temos de petista. Por isso, assim como Márcio Corrêa, pode contribuir para reduzir o eleitorado do postulante petista.
Sobre Valeriano Abreu, um petista diz que seu grande feito, em pouco tempo de política, “foi mudar de partido seis vezes”. “É um ‘mudancista’”, ironiza.