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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, é pragmático. Dado seu espírito científico, não aprecia operar com “intuição”. Trabalha com pesquisas qualitativas e quantitativas e com a observação direta da realidade — com seus múltiplos contatos com líderes políticos de todo o Estado. Ele gosta de ouvir e refletir sobre aquilo que lhe contaram.

Luiz Carlos do Carmo: a aposta dos evangélicos para vice de Daniel Vilela | Foto: Divulgação

Por ser pragmático, Ronaldo Caiado vai escolher o vice de Daniel Vilela — o pré-candidato a governador do MDB e da base governista — com a razão à frente da emoção.

É certo que Ronaldo Caiado tem o maior apreço por Adriano da Rocha Lima, um de seus melhores auxiliares — um homem de ideias e projetos e seriíssimo.

Adriano da Rocha Lima, secretário de Governo de Goiás | Foto: Guilherme Alves/Jornal Opção

Adriano Rocha Lima daria um bom vice? Excelente. Mas, dependendo do quadro político, Ronaldo Caiado, na sua opção pelo pragmatismo, tende a escolher um candidato que tem o apreço do Agro ou o apreço dos evangélicos.

O Agro apresenta, neste momento, dois nomes positivos — José Mário Schreiner (MDB), presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás e ex-deputado federal, e Paulo do Vale (União Brasil), ex-prefeito de Rio Verde, médico, empresário e produtor rural.

Schreiner largou na pole position. E, sim, continua em primeiro lugar. Mas está cercado, por todos os lados, por Paulo do Vale, Adriano da Rocha Lima, Luiz Carlos do Carmo, Bruno Peixoto e Gustavo Mendanha.

O ex-senador Luiz Carlos do Carmo, do Podemos, é apontado como o grande nome dos evangélicos. Ele é irmão do bispo Oídes José do Carmo, um dos líderes evangélicos mais respeitados de Goiás e do país, e do prefeito de Bela Vista de Goiás, Eurípedes José do Carmo.

Gustavo Mendanha, ex-prefeito de Aparecida de Goiânia | Foto: Guilherme Alves/Jornal Opção

Mas o vice não será escolhido agora. Ronaldo Caiado, que lida bem com a ideia de conjuntura, só vai escolhê-lo depois de sua definição na política nacional. Ele será candidato a presidente, mas precisa saber com qual estrutura e apoios. Será pelo União Brasil. Isto é certo.

Noutras palavras, o vice de Daniel Vilela não será escolhido em 2025. Não há pressa. A escolha, por certo, se dará depois de março, abril ou maio. Mais uma escolha é certa: o vice será escolhido devido à sua relevância eleitoral.

Bruno Peixoto, presidente da Assembleia Legislativa: é popular | Foto: Guilherme Alves/Jornal Opção

No sábado, 18, um membro da base governista perguntou a um repórter do Jornal Opção: “Você já pensou na possibilidade de o vice ser o senador Wilder Morais?” Faz sentido? Pode até não parecer, mas a pergunta, tendo sido feita, parece ter alguma lógica. (E.F.B.)