Filha de Iris Rezende, a empresária Ana Paula Rezende, do MDB, tenciona há algum tempo com lideranças emedebistas.

Diz-se que o motivo tem a ver com a busca por apoio financeiro ao Memorial Iris Rezende. Pode até ser, ao menos em parte.

Mas o pano de fundo é outro. Ana Paula Rezende planejava disputar mandato — de deputada federal — em 2030.

Porém, de acordo com uma fonte, ao perceber um certo vazio político na disputa por uma das vagas ao Senado — uma vaga, na base governista, está definida para Gracinha Caiado, do União Brasil —, Ana Paula Rezende teria mudado de ideia. Quer dizer: pode disputar mandato de senadora daqui a nove meses, em 2026.

O projeto está definido? Não. Até porque Ana Paula Rezende é lenta para tomar decisões. Racional, gosta de observar o quadro político com atenção.

No momento, uma vaga para a disputa do Senado está aberta. A base governista — leia-se o governador Ronaldo Caiado, do União Brasil — está esperando a decisão do PL.

Se decidir pela composição com a base governista, o PL lançará um candidato a senador, possivelmente o deputado federal Gustavo Gayer (se o parlamentar não puder disputar, avulta o nome do vereador Major Vitor Hugo).

Se o PL ficar fora da base, optando por lançar o senador Wilder Morais para o governo do Estado, sobrará uma vaga — que será disputada por Gustavo Mendanha ou Vanderlan Cardoso, ambos do PSD. É aí que entra Ana Paula Rezende, que pode ser a outra candidata da base.

Goiás, por sinal, daria uma prova de modernidade se eleger duas mulheres ao Senado: Gracinha Caiado e Ana Paula Rezende. (E.F.B.)