Ana Carla Abrão deve trocar Sefaz de Goiás pela Secretara de Finanças do governo de João Dória

15 outubro 2016 às 09h58

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Além de pensar numa mulher para um cargo de relevo, o prefeito eleito de São Paulo quer ter um secretariado com status de ministério. Ana Carla Abrão, casada com Pérsio Arida, é doutora em economia pela USP

O prefeito eleito de São Paulo, João Dória, depois de uma longa conversa com o governador de Goiás, Marconi Perillo, deve indicar a economista Ana Carla Abrão Costa — doutora em economia pela Universidade de São Paulo — para compor a sua equipe. A secretária da Fazenda do governo de Goiás assumirá a Secretaria de Finanças da Prefeitura de São Paulo, a mais rica do país (com um orçamento maior do que o de vários Estados).
O “Estadão” publicou no sábado, 15, a informação de que Ana Carla, vai para o governo da cidade de São Paulo. “O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), sondou a economista Ana Carla Abrão Costa, atual responsável pela Secretaria da Fazenda de Goiás, para integrar sua equipe de governo a partir de 2017 à frente da pasta de Finanças e Desenvolvimento Econômico ou da Gestão. Doria comunicou a intenção a Geraldo Alckmin (PSDB), que aprovou a ideia e consultou o governador tucano Marconi Perillo, que deu carta branca para o convite ser feito. Ana Carla já havia informado que permaneceria no cargo só até o fim deste ano, o que facilita sua indicação em São Paulo”, informa “O Estadão de S. Paulo”.
Segundo o jornal paulista, “com” a “iniciativa, Doria tenta atingir um duplo objetivo: garantir que uma mulher ocupe um posto de destaque em sua administração e dar um caráter “ministeriável” a seu secretariado. Mulher do economista e banqueiro Pérsio Arida, um dos idealizadores do Plano Real, Ana Carla chegou a ser cotada pelo presidente Michel Temer para ser ministra do Planejamento ou ocupar um cargo no Tesouro Nacional”.
O “Estadão” frisa que, “filha da senadora Lúcia Vânia (PSB) e ex-diretora do Itaú, Ana Carla defende parcerias com a iniciativa privada, como concessões e privatizações, para reduzir custos e tornar o Estado mais eficiente. Também se posiciona a favor da criação de agências reguladoras, medida já anunciada por Doria para fiscalizar os futuros parceiros da Prefeitura – o tucano pretende vender os complexos de Interlagos e do Anhembi e conceder o Estádio do Pacaembu, além de parques e cemitérios públicos”.