Aliança MDB-PL em Goiás é “som de trovão”
20 dezembro 2025 às 21h00

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A física ensina que a luz viaja mais rápido que o som. Por isso, numa tempestade, o clarão do raio sempre antecede o barulho do trovão. O intervalo entre um e outro não significa ausência de fenômeno, apenas atraso na percepção. Na política goiana, o princípio se aplica com precisão.
Nos bastidores, a aliança entre o MDB de Daniel Vilela e o PL de Gustavo Gayer e Wilder Morais já é tratada como fato consumado. Falta apenas o rito formal, o anúncio público, o momento em que o som finalmente alcança quem já viu o clarão. O acordo já estaria posto.
O encontro entre o governador Ronaldo Caiado e o senador Flávio Bolsonaro, ambos pré-candidatos à Presidência da República, ocorrido na última quinta-feira no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, não foi somente institucional. Serviu, sobretudo, para ajustar os termos de uma composição que pode ser oficializada a qualquer instante. A fotografia saiu. O comunicado ainda não.
Pelos termos discutidos, o PL indicaria um nome para a segunda vaga ao Senado na chapa governista, ao lado da primeira-dama Gracinha Caiado. Gustavo Gayer e Major Vitor Hugo são os mais cotados. Em contrapartida, Wilder Morais abriria mão da pretensão de disputar o governo de Goiás em 2026.
No encontro, Gayer, segundo apurado pela coluna Bastidores, se mostrou um grande entusiasta da aliança. Wilder, nem tanto.
Mas não há contradição nisso, apesar do discurso público. Lideranças do PL admitem abertamente que a prioridade da legenda no momento não é conquistar governos estaduais, mas ampliar presença no Senado.
Segundo apuração da coluna Bastidores, um novo encontro entre Caiado e Flávio Bolsonaro deve ocorrer em breve. Até lá, o senador cumpre o papel que lhe cabe: levar a proposta ao pai, Jair Bolsonaro, de quem ainda depende o aval final para qualquer movimento relevante do PL. E o aval deve vir logo. (T.P.)
