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O senador Ronaldo Caiado não disse publicamente que está jogando a toalha e que apoiará Daniel Vilela para governador. Mas danielistas têm constatado, no seus discursos, certo desânimo, sobretudo quando afirma que não vai contribuir para dividir as oposições.

Os danielistas estão interpretando a tese como uma maneira cautelosa de jogar a toalha e sugerem que o senador começa a perceber que, ao contrário do que pensava, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, não manda no PMDB e não tem mais força no interior.

Mesmo quando Iris Rezende manda Samuel Belchior, o Samuca da Pastinha, para coordenar encontros de Ronaldo Caiado no interior, o que se vê é desalentador: aparecem uns gatos pingados que, além de terem escasso prestígio, participam de quaisquer outros encontros, tanto das oposições quanto, às vezes, da situação.

Aos poucos e na própria pele, o senador do DEM está percebendo que, se candidato a governador, estará sozinho — no mato e sem cachorro. Iris Rezende ajuda em Goiânia, mas não no interior, onde o PMDB está fechado com Daniel Vilela e não aprecia nem mesmo ouvir o nome de Ronaldo Caiado, sobretudo o sobrenome. Procede que há, no peemedebismo-pessedismo interiorano, uma certa ojeriza ao “udenismo” do senador.