3 chapas: Caiado tenta fisgar Lúcia Vânia, Daniel pode buscar Gomide e José Eliton vai atrair Peixoto

10 junho 2017 às 10h49

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É quase certo que, se ficar fora da chapa majoritária controlada pelo PSDB, Lúcia Vânia busque compor com o postulante do DEM. Eliton deve se unir com PSD e PP. O PT sobra para Daniel Vilela

O quadro complicado da política nacional paralisa parte das articulações em Goiás. Frise-se: parte. Porque, no geral, todos estão articulando, se movimentando, buscando forjar alianças. Não se pode garantir que as chapas estão formatadas. Entretanto, com o apoio de vários políticos, da situação e das oposições, formatamos, a título de especulação, três chapas possíveis para a disputa majoritária em 2018.
A chapa governista terá provavelmente a seguinte composição: o vice-governador José Eliton (PSDB) para governador, o deputado federal Thiago Peixoto (PSD) na vice (Célio Silveira é cotado, mas a chapa majoritária não tem como ter três nomes do PSDB) e o governador Marconi Perillo (PSDB) e o senador Wilder Morais (PP) para senador. É a chapa mais ou menos fechada. José Eliton e Marconi Perillo estão 100% confirmados. Wilder Morais está quase confirmado, dada sua cada vez maior aceitação nas bases partidárias. Thiago Peixoto depende da anuência do presidente do PSD, Vilmar Rocha. Este, por sua história de diplomacia e conciliação, dificilmente barraria uma postulação do parlamentar, de quem, além de aliado, é amigo.
Ronaldo Caiado, cada vez mais candidato, possivelmente sem o apoio do PMDB, está buscando o apoio dos pequenos partidos, mas, se a senadora Lúcia Vânia (PSB) ficar fora da chapa majoritária bancada pelo tucanato, vai trabalhar para tê-la na sua chapa. Seus aliados avaliam-na como um upgrade na chapa do DEM. O vereador Jorge Kajuru é cotado para a disputa de senador. José Mário Schreiner (PSD, mas a caminho do DEM) — ou o deputado federal Waldir Delegado Soares (PR) — é cotado para a vice. Outra possibilidade é Kajuru disputar para deputado federal, para puxar voto para a chapa proporcional, e o delegado Waldir disputar o Senado.
O PMDB deve bancar Daniel Vilela para governador. Presidente do partido, o jovem parlamentar gostaria de ter um integrante do PSD como vice — ou postulando mandato de senador — na chapa majoritária. Dependendo do quadro nacional, o postulante peemedebista pode fechar uma aliança com Antônio Gomide, do PT, que iria a vice.