15 políticos que devem disputar a Prefeitura de Goiânia em 2020

08 setembro 2019 às 00h01

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Lista dos “favoritos” inclui Iris Rezende, Francisco Júnior, Romário Policarpo,E Vaz, Cristina Lopes, Major Araújo e, se for candidato, Vanderlan Cardoso
Quinze políticos querem disputar a Prefeitura de Goiânia na eleição de 2020, daqui a um ano e 25 dias — um pulinho, como dizem os políticos. Daqui a seis meses e alguns dias, quem estiver ocupando cargos públicos — como secretarias e outros — terá de desincompatibilizar-se para a disputa. A lista inclui quatorze nomes. Mas todos vão disputar? Dizem que sim. Mas é provável que alguns, no meio do caminho — por falta de apoio e recursos financeiros —, desistam. A tendência é que passem a apoiar outros candidatos e, em alguns casos, é possível que aceitem a vice.
Por que tantos candidatos? Primeiro, porque, com a queda da coligação proporcional, todos os partidos foram compelidos a lançar chapa exclusiva de candidatos a vereador. Para fortalecê-la, portanto, precisam de um candidato a prefeito. Segundo, os partidos planejam, a partir das bases eleitorais de 2020, a ampliação de candidaturas consistentes para as disputas proporcional e majoritária de 2022. Sabe-se que, a partir de 2022, alguns partidos, por falta de densidade eleitoral (a cláusula de barreira vai barrá-los), poderão desaparecer, até porque não terão fundo partidário-eleitoral. Então, o fortalecimento dos partidos começa já na eleição de 2020. Quem sair forte deste pleito tende a estar mais sólido para a batalha de 2022.
Mesmo considerando as ideias acima, é provável que, dos quatorze candidatos, ao menos de dois a cinco desistam em prol de alguma composição. Mas, no momento, todos dizem que são pré-candidatos e estão articulando. Quem se beneficia com a quantidade — imensa — de postulantes? Talvez Iris Rezende. Talvez. A lista a seguir está disposta por ordem alfabética, e não de favoritismo.

1 — Adriana Accorsi/PT — O que desgasta a deputada não é ela, e sim seu partido. O PT é, hoje, um terremoto para seus políticos. Para cargos executivos, dada a hecatombe nacional, é ainda mais problemático. Em Goiânia, o petismo era maior do que seus integrantes. Agora, em Goiânia, Adriana Accorsi é maior do que o PT. É sua força e é sua fraqueza. Porque tem força para se eleger deputada, mas não tem um partido que a ajude a se eleger prefeita. Mas é consistente, política e eleitoralmente. A alternativa pode ser Luis Cesar Bueno ou Kátia Maria.

2 — Alexandre Magalhães/DC — Ele disse ao Jornal Opção que será candidato, em aliança com outro partido. O objetivo é fortalecer o partido tanto para 2020 quanto para 2022. “Só não revelo minhas alianças políticas para evitar a ação dos tubarões de outros partidos.”

3 — Cristina Lopes/PDT — A vereadora permanece filiada ao PSDB. Mas deve disputar a eleição pelo PDT (mais) ou pelo Podemos (menos). Trata-se de uma política que tem conteúdo e é articulada. O PDT tem no vereador Paulinho Graus a outra alternativa, caso a Dra. Cristina Lopes não se filie ao partido.

4 — Eduardo Prado/PV — O deputado estadual planeja disputar, mas quer ser bancado pelo partido. Noutras palavras, quer que a cúpula e seus candidatos a vereador coesos e empenhados na sua campanha. Está entre os que podem desistir? Se o Partido Verde não mostrar empenho, não será candidato. Ele cogita transferir seu domicílio eleitoral para Aparecida de Goiânia.

5 — Elias Vaz/PSB — O deputado federal é candidatíssimo. Primeiro, porque tem uma história em Goiânia, como vereador atuante e articulado. Segundo, tem o apoio do senador Jorge Kajuru (Patriota). Com uma aliança consistente, entra para o rol dos favoritos, ao lado de Iris Rezende e Francisco Júnior.

6 — Francisco Júnior/PSD — O deputado federal tem bom recall da disputa de 2016. É articulado e trafega com desenvoltura na sociedade — e não apenas nos segmentos católicos conservadores, como a Renovação Carismática. Seu discurso é técnico e o jovem político tem ideias modernas para administrar Goiânia. Se obtiver o apoio do senador Vanderlan Cardoso, entra para o time dos favoritos. Vilmar Rocha é um de seus fiadores.

7 — Iris Rezende/MDB — O prefeito começou a fazer obras, visíveis em toda a cidade. A pulverização de candidaturas o ajuda — daí figurar na lista dos favoritos. É provável que vá para o segundo turno. Ele tem o apoio do governador Ronaldo Caiado. O MDB tem em Maguito Vilela a outra alternativa, que, dizem, não é rejeitada por Iris Rezende.

8 — Major Araújo/PSL — O deputado estadual tem um discurso afiado e está se preparando para a disputa. No PSL, conta com o apoio decidido do deputado federal Delegado Waldir Soares, o presidente do partido em Goiás. Está entre os favoritos, e pode surpreender, sobretudo devido ao discurso duro sobre segurança pública e ao fato de ter ao seu lado um grande general eleitoral, exatamente o Delegado Waldir.

9 — Pastor Gentil Rosa Oliveira/Podemos — Uma corrente do Podemos, ligada a Eduardo Machado e Felipe Cortês, quer bancar o poderoso líder da Assembleia de Deus para prefeito. Ele está observando o quadro político. O deputado federal José Nelto sugere que pode disputar. Os dois nomes são consistentes.

10 — Romário Policarpo/Patriota — O presidente da Câmara Municipal de Goiânia migrou recentemente do Pros para o Patriota com o objetivo de pleitear o Executivo municipal em 2020.

11 — Talles Barreto/PSDB — O deputado estadual disse ao Jornal Opção que pretende disputar a eleição e enfrenta qualquer um — inclusive o ex-governador José Eliton e Cristina Lopes — na convenção partidária. “Acredito tanto que serei candidato que contratei uma agência para planejar meu marketing e uma equipe de especialistas começa a elaborar meu plano de governo.”

12 — Thiago Albernaz/Solidariedade — Neto de Nion Albernaz, o deputado estadual quer ser prefeito de Goiânia. Mas colegas de Parlamento afirmam que não o percebem motivado. Se não disputar, também não será vice.

13 — Vanderlan Cardoso/PP — O senador vai disputar? O PP o quer na disputa, mas também não quer perder um senador. Por isso, a tendência é que permaneça no Senado e dispute mandato de governador em 2022. Alternativas do PP: bancar o ex-deputado Sandes Júnior ou lançar o vice de Francisco Júnior.

14 — Virmondes Cruvinel/Cidadania — O deputado estadual está determinado a ser candidato. Ele estuda a cidade, com profundidade, e tem visitado cidades com gestões apontadas como criativas. É um político jovem e articulado.

15 — Wilder Morais/Pros — O ex-senador não aparece na lista dos favoritos. Mas é articulado e tem recursos financeiros fartos. Ele é um self made man. E, se conseguir mostrar isto aos eleitores — quer dizer, a história de um vencedor que saiu de baixo e longe da política —, pode se fortalecer.