Por Thiago Burigato
Com 32 mil eleitores, Morrinhos costuma lançar vários candidatos a deputado estadual e, por isso, nenhum se elege. Este ano não deverá ser diferente. O prefeito Rogério Troncoso (PTB) deve bancar o vereador Aluzair Rosa, do PP, ou o vice-prefeito Tércio Menezes, do PPS. Aluzair é tido como carismático. Apesar da pressão do pré-candidato a governador pelo PMDB, Júnior Friboi, o peemedebista Tiago Mendonça decidiu não disputar mandato de deputado estadual. Por isso, Friboi deve bancar o vereador Wellington José de Souza (PMDB), o Tom do Supermercado. De fora, devem ter votos em Morrinhos Marquinho do Privê (PSDB), Chiquinho Oliveira (PHS) e Afrêni Gonçalves (PSDB).
Orientado por Iris Rezende (PMDB), o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), sempre rejeitou o apoio do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Com o problema do lixo acumulado nas ruas, o petista aceitou a ajuda do tucano. O governo do Estado vai ajudar a limpar a capital goiana. Mais: agindo como estadista, Marconi evitou a exploração política.
[relacionadas artigos="3158"] O PHS avalia que tem condições de eleger de 3 a 5 deputados estaduais na eleição de 5 de outubro deste ano. O presidente nacional do partido, Eduardo Machado, lista alguns nomes, mas acrescenta que poderia citar outros: “Nós temos 82 pré-candidatos”. Nomes dos favoritos: Jean Carlos, Marcelo Augusto, professor Dalson Borges, Chiquinho Oliveira, Capitão Wayne (ou major Belelli). “Nós vamos com chapa pura.”
O PHS aposta todas as suas fichas que vai eleger pelo menos um deputado federal nas eleições deste ano. “Como o cociente eleitoral deve ser de 162 mil votos, o partido tem condições de eleger pelo menos um parlamentar”, afirma seu presidente nacional, Eduardo Machado. [relacionadas artigos="3157"]
O PHS vai bancar pelo menos cinco candidatos que, juntos, têm condições de conquistar mais de 160 mil votos: Felipe Cortez, Edivaldo da Cosmed, Major Belelli (ou o Capitão Wayne), Eduardo Machado, Mauro Bento Filho.
“Nós vamos com chapa pura”, afirma Eduardo Machado. “Com a chapa pura, vamos eleger alguém do PHS, e não precisa ser eu. Ficarei contente se conseguirmos eleger um deputado federal, não importa o nome.”
O governador Marconi Perillo conversou demoradamente com o deputado federal Armando Vergílio, presidente do Solidariedade.
[relacionadas artigos="3188"]O tucano-chefe disse a Armando Vergílio que, independentemente das posições políticas de ambos, deveriam preservar a amizade.
A conversa foi extremamente cordial. Mas os dois não fecharam, pelo menos por enquanto, nenhum acordo político.
Líderes políticos de Goianésia dizem que o ex-prefeito Gilberto Naves vai disputar mandato de deputado estadual, atendendo convocação do pré-candidato a governador do PMDB, Júnior Friboi.
Na sexta-feira, 2, o Jornal Opção ouviu Frederico Jayme, um dos principais aliados de Gilberto. “Até onde sei, Gilberto não será candidato a deputado estadual.”
O prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira (PDT), hipotecará apoio a pelo menos três candidatos a deputado estadual. Porém, o nome de seu coração é do médico Túlio Sérvio.
Vanderlan Cardoso “inventou” a pesquisa que, feita em três cidades, deve servir para todo o Estado.
Citando “institutos de pesquisa de fora”, aliados do líder do PSB garantem que, em Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e Goiânia, Vanderlan se aproxima dos 25%.
Ocorre que a votação de um candidato a governador é feita em todo o Estado. Não só. Um número entre 23 e 25% não significa muito. Porque Marconi tem mais de 30% e Friboi tende a superar o candidato do PSB.
O desembargador aposentado e advogado atuante Paulo Teles pretende ser candidato a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás em 2015.
Paulo Teles planeja ser candidato pela oposição e, para tanto, quer o apoio de Leon Deniz. O problema é que Leon Deniz teria feito um compromisso para apoiar Lúcio Flávio na próxima disputa.
Como a deputada federal Flávia Morais (PDT) se tornou “limão” para o candidato do PSB a governador de Goiás, Vanderlan Cardoso, este vai bancar Joaquim Liminha, presidente regional do PSC, para deputado federal.
Joaquim Liminha não quer disputar, alegando falta de estrutura e que deverá coordenar a campanha de Vanderlan. Mas o líder do PSB exige que dispute e, por isso, o ex-vereador por Anápolis deve ser candidato.
Quase todos candidatos a governador vão bater no prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT, com o objetivo de conquistar o apoio dos 900 mil eleitores da cidade. Acredita-se que aquele candidato que fizer as críticas mais contundentes a Paulo Garcia pode ser o mais bem votado em Goiânia.
Um petista, meio lamentoso mas leal, diz: “É pena que, ao contrário de Marconi Perillo, Vanderlan Cardoso e Júnior Friboi, o pré-candidato do PT a governador, Antônio Gomide, não poderá criticar Paulo Garcia abertamente”.
O mesmo petista sugere que, depois do túnel que virou lago e de Goiânia ter se tornado a cidade-lixão, Paulo Garcia “precisa pelo menos se benzer. É preciso espantar a urucubaca”.
O governador Marconi Perillo decidiu, contra a corrente, que não vai atacar com volúpia o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. Vai, isto sim, ajudá-lo a recuperar a cidade.
Publicamente, o empresário Júnior Friboi pode até dizer o contrário, mas já avisou aos aliados que não fará campanha para Dilma Rousseff e sugeriu que vai abrir “baterias” contra o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia.
De Kennedy Trindade, conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios: “Marconi Perillo (PSDB) terá 42% dos votos no primeiro turno, Júnior Friboi (PMDB) terá de 25% a 30%, Antônio Gomide (PT) terá de 10 a 15% e Vanderlan Cardoso (PSB) terá um digito.
Espécie de Malba Tahan do TCE, por ser engenheiro, Kennedy Trindade costuma acertar em seus prognósticos.
Uma coisa é líquida e certa, diria Zygmunt Bauman: Joaquim de Castro irá para o Tribunal de Contas dos Municípios, possivelmente na vaga de Virmondes Cruvinel. A segunda vaga pode ficar para Helder Valin. O presidente da Assembleia Legislativa prefere o Tribunal de Contas do Estado (TCE), mas não rejeitará uma indicação para o TCM. Afinal, mais vale um pássaro na mão do que dois voando. Valin é cotado para a vaga de Tião Caroço.
O vereador de Jataí Mauro Bento Filho, do PHS, não tem qualquer chance para deputado federal. Porém, picado pela mosca azul, deve trocar uma eleição para deputado estadual, com muito mais chance de sagrar-se vitorioso, por uma disputa na qual, para ser eleito, precisa ter uma votação extraordinária.
Com habilidade, o tucanato quer bancar Mauro Bento Filho para deputado federal sobretudo para “limpar” a área para o empresário milionário Vitor Priori, que será candidato a deputado estadual pelo PSDB. Ótima jogada para... Priori.
Mas uma candidatura de Mauro Bento Filho também tem outro objetivo: reduzir o impacto da candidatura de Daniel Vilela no Sudoeste goiano, notadamente em Jataí.
O petismo avalia que, mesmo torrando uma fortuna, Júnior Friboi não conseguirá ser eleito governador de Goiás. Petistas apostam que o excesso de dinheiro vai colocá-lo em confronto com o eleitor.
Antônio Gomide tende a fazer uma campanha modesta e deve criticar a suposta gastança do de Friboi.