Por Marcelo Gouveia

[caption id="attachment_125421" align="alignright" width="620"] Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados[/caption]
Pesquisas qualitativas sugerem que o entusiasmo da classe média com Jair Bolsonaro tem menos a ver com ideologia ou simpatia. As pessoas com razoável poder aquisitivo estão “usando” o postulante a presidente para dizer aos demais políticos: “Basta!”. Trata-se do voto do “Basta!, estamos cansados de todos os políticos”.

[caption id="attachment_130663" align="alignright" width="620"] Montagem[/caption]
O senador Wilder Morais, conhecido pelos presidentes dos nanopartidos como Mister Dólar, e o presidente do PSDC, Alexandre Magalhães, não estão falando a mesma língua. A da civilização. Falam mal um do outro de manhã, à tarde e à noite. De madrugada, descansam a língua... para falar mal, de novo, no dia seguinte.

[caption id="attachment_125775" align="alignright" width="620"] Arquivo[/caption]
O senador Wilder Morais se tornou o operador do pré-candidato do DEM a governador, Ronaldo Caiado, na missão, às vezes, inglória de conquistar aliados políticos. A primeira tacada deu certo: Mister Dólar arrancou o deputado Lincoln Tejota da base governista.
Pré-candidato a presidente pelo PSL, Jair Bolsonaro está consolidando sua popularidade em todo o país. Em Goiás, sem Lula da Silva no páreo — e todos sabem que o petista não será candidato, porque é ficha suja —, o deputado federal assume a liderança com facilidade. Até eleitores de Lula — mas não do PT, porque não são ideologizados — admitem votar no militar reformado.

O presidente do MDB de Anápolis, Márcio Corrêa, pode ser candidato a deputado federal ou estadual. “Farei tudo para ajudar a campanha de Daniel Vilela a governador”, afirma.
Márcio Corrêa afirma que Daniel Vilela “representa renovação, a mudança”. E frisa: “Mas não é o novo pelo novo, não. É o novo competente, que sabe o que é preciso fazer para modernizar Goiás e torná-lo mais competitivo no plano nacional”.

[caption id="attachment_77784" align="alignright" width="620"] Reprodução[/caption]
O candidato do PDT a presidente da República, Ciro Gomes, emitiu sinais de que, em Goiás, pode apoiar Daniel Vilela, do MDB, ou José Eliton, do PSDB, para governador.
Por que Daniel Vilela? Segundo um pedetista, porque Ciro Gomes acredita que, no final das contas, o MDB não terá candidato a presidente da República. Por que José Eliton? Porque o PDT goiano apoia sua reeleição.
Ciro Gomes quer se filiar às chamadas forças progressistas, o que não inclui Ronaldo Caiado.

[caption id="attachment_130671" align="alignright" width="620"] Montagem[/caption]
Um evangélico experimentado em questões eleitorais aposta que, se o empresário Glaustin Fokus concentrar seu trabalho unicamente no eleitorado evangélico, será derrotado. Porque os eleitores evangélicos não têm um único candidato evangélico; aliás, chegam a votar em candidatos católicos.
João Campos, mesmo esvaziado em parte das igrejas evangélicas, “vai canibalizar” — eleitoralmente — Glaustin Fokus, afirma o evangélico. “O empresário é um político neófito e está acreditando em demasia nas promessas de alguns pastores evangélicos — esquecendo-se de que o voto é do cidadão-eleitor, não dos religiosos.”

O deputado herdou espólio eleitoral de Marquinho do Privê e conta com apoio de Jean Carlo, que será candidato a deputado federal

João Campos, Lívio Luciano e Flávia Morais alimentaram esperanças de ocuparam espaço na chapa do pré-candidato do DEM

Sebastião Tejota, eminência parda de Lincoln Tejota, articula em tempo quase integral a candidatura do democrata e do filho

[caption id="attachment_119508" align="alignright" width="620"] Deputado estadual Linconl Tegota | Divulgação[/caption]
Um prefeito que era ligado a Lincoln Tejota diz ter ouvido que o político estava preocupado com a possibilidade de não ser eleito para deputado federal. Suas bases não têm um eleitorado consistente e amplo. “Ele poderia ser uma decepção, por isso ficou feliz, ao se oferecer para vice de Ronaldo Caiado. Mesmo assim, tinha mais importância como postulante a deputado federal do que como vice, pois não leva ‘suas’ bases para o candidato a governador pelo DEM.”

O deputado ficou maior dada a importância que lhe deram


[caption id="attachment_130634" align="alignright" width="620"] Montagem[/caption]
O deputado federal João Campos, irritado com Ronaldo Caiado, “voltou” à base aliada e será candidato a deputado federal. O PRB tomou uma decisão: vai ficar mesmo com a candidatura de José Eliton para governador e Marconi Perillo para senador. O partido, segundo seu comando nacional, não abre mão disso.

[caption id="attachment_46895" align="alignright" width="620"] Foto: Y. Maeda[/caption]
Consta que o conselheiro do TCM Sebastião Tejota pressionou o filho Lincoln Tejota para aceitar a vice de Ronaldo Caiado. O deputado preferia ficar na base governista. No final, o pai teria dito que era sua chance de, no futuro, se tornar governador de Goiás. Em seguida, uma conversa heterodoxa, na casa de Mister Dólar, como o senador Wilder Morais é conhecido, selou o acordo. Chegaram a tomar um vinho de 7 mil reais. É o que se comenta no TCE.

Depois, o presidente do PR trabalhou para indicar o suplente de Kajuru, mas a ideia não vingou