Por Marcello Dantas
Aos interlocutores, Ana Carla Abrão lamenta os conflitos com os secretários e sugere que suas ideias de contenção — para expansão concomitante — não estão sendo compreendidas com precisão. A economista sustenta que o saneamento do Estado, com um ajuste fiscal rigoroso, vai permitir que a economia cresça, adiante, de maneira mais acelerada. Os políticos, antenas da raça, temem que a severidade dos cortes prejudiquem os voos eleitorais da base aliada.
O economista britânico Tim Jackson escreveu um livro que faz sucesso no mundo e no Brasil: “Prosperidade Sem Crescimento — Vida Boa Num Planeta Finito” (Editora Planeta Sustentável, 314 páginas, tradução de José Eduardo Mendonça). Certamente, se não tiverem lido, está na lista de Ana Carla Abrão, Thiago Peixoto, Vilmar Rocha e Gilvane Felipe. A tese de que é possível obter prosperidade sem crescimento está sendo discutida em todo o mundo — e não apenas por ambientalistas. Recentemente, Tim Jackson, tido como brilhante, concedeu uma entrevista à Globo News.
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), trata o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), com respeito e polidez. O peemedebista sempre elogia o caráter republicano do governo do tucano. Já o filho de Maguito Vilela, o deputado federal Daniel Vilela (PMDB), faz ataques raivosos ao governador Marconi, mesmo sabendo que, se disputar o governo em 2018, não vai enfrentá-lo. A estratégia adotada, portanto, é um ponto fora da curva.

O deputado estadual Jean Carlo diz que o PHS, cuja presidência em Goiás assume na quarta-feira, 4, terá uma meta ousada para 2018: planeja eleger um deputado federal e três estaduais.
O deputado estadual Renato de Castro, se a “janela” (troca-troca partidário) for aprovada pelo Senado, vai deixar o PT. Pode-se filiar ao PMDB, para disputar a Prefeitura de Goianésia, mas também pode se filiar a um partido da base do governador Marconi Perillo. Renato é ligado ao ex-prefeito Gilberto Naves e a Frederico Jayme, que deve ir para o PSDB. O que pode definir a filiação de Renato de Casto é a questão local. Ele quer ser candidato a prefeito de Goianésia, mas o PSDB já tem candidato, o médico Robson Tavares, apoiado pelo prefeito, Jalles Fontoura. O PMDB, pelo contrário, não tem candidato. Gilberto Naves quer ver o diabo dançando rock, mas não quer mais sentar na cadeira de prefeito.
O ex-prefeito de Goianira Carlão Alberto Andrade, diretor de Operações da Metrobus, sugere que, ao contrário do que propagandeia o prefeito Miller Assis, ônibus que servem ao município são do governo de Goiás, não têm a ver com a CMTC.
Mesmo tendo pedido demissão de “O Popular”, o jornalista Bruno Rocha Lima continua com forte influência na linha editorial da coluna “Giro”. Ele é um coeditor informal.
Toda semana sai de uma a quatro notas positivas sobre Daniel Vilela, o novo chefe de Bruno Rocha Lima.
Petistas, como Luis Cesar Bueno, dizem que, por mais que esteja insatisfeito com o PT, o deputado estadual Humberto Aidar não deve deixá-lo. Porém, como Aidar ama o PT mas a cúpula do PT não parece amá-lo, a “janela” é uma tentação forte e uma oportunidade única.
De um aliado do prefeito de Goianira, Miller Assis: “Não se sabe por quê, mas de repente o ex-prefeito Carlão Alberto apareceu com a ficha limpa no Tribunal de Contas dos Municípios. Teria a ver com o apoio a Virmondes Cruvinel?”
O prefeito Fabiano da Saneago, do PSDB, praticamente jogou a toalha. Até postos de saúde estão fechados no município. É o caos total. Não é à toa que moradores de Nerópolis já estejam chamando Fabiano da Saneago de “Nero do Alho”.

O deputado estadual Diego Sorgatto (PSD) comprou casa em Cristalina e pode ser candidato a prefeito do município. Mas há quem torça para que dispute a Prefeitura de Luziânia.
O ex-deputado federal Marcelo Melo, o político mais importante do PMDB no Entorno de Brasília, filia-se ao PSDB na quinta-feira, 10 de setembro, na presença do governador Marconi Perillo e do deputado federal Célio Silveira. Marcelo Melo é o favorito para prefeito de Luziânia. A rejeição do prefeito Cristóvão Tormin é tão alta — superando 70% — que até aliados, em tom brincalhão, costumam chamá-lo de Rejeição Tormin.
Lêda Borges diz que não quer disputar a Prefeitura de Valparaíso em 2016. Mas, nos bastidores, alguns de seus aliados garantem que não pensa em outra coisa. Políticos do Entorno de Brasília sustentam que, em Valparaíso, só mesmo a tucana Lêda Borges tem condições de derrotar a prefeita Lucimar Nascimento. A petista está desgastada, mas, com o controle da máquina pública, terá estrutura para uma campanha aguerrida.