Por Agência Brasil
A confiança do empresário caiu 7,7 pontos em comparação a setembro de 2013, ficando em 46,5 pontos, informou hoje (16) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, a falta de confiança já perdura por seis meses seguidos e não depende do tamanho da empresa. Em comparação a agosto, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) ficou em mesmo nível, informou a confederação. A pesquisa indica, também, que o índice permaneceu no menor patamar da série histórica, iniciada em 1999. Os indicadores da pesquisa variam de 0 a 100 pontos. Abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança. Na avaliação da CNI, o levantamento mostra que a falta de confiança é generalizada em todos os portes de empresas. Nas pequenas, o Icei foi 46,7 pontos, nas médias ficou em 45,4 pontos e, nas grandes, em 47 pontos. Na avaliação por segmento industrial, o índice se manteve acima dos 50 pontos na indústria extrativa. A confederação destaca que a queda na confiança é resultado da percepção de piora nas condições da economia e das empresas, com comprometimento da atividade industrial e dos investimentos. A pesquisa foi feita entre 1º e 10 de setembro, com 2.844 empresas de todo o país, das quais 1.059 são de pequeno porte, 1.074 são médias e 711 são de grande porte.

Um crucifixo, o telefone e uma réplica do anel de ouro que o religioso recebeu do Papa Francisco, quando se tornou cardeal arcebispo, foram roubados
Entre as 10 melhores do ranking, seis são americanas e quatro britânicas

Os ataques destruíram seis veículos do EI perto de Sinjar e uma posição estratégica a sudoeste de Bagdá, que abria fogo sobre as forças iraquianas
Todos os 11 candidatos à Presidência da República apresentam propostas para a área de saúde. As principais promessas recaem sobre o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), criado há 25 anos, e estratégias como a do Saúde da Família e sobre políticas de prevenção de doenças
O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, disse que o objetivo do ato foi mostrar que as riquezas do petróleo da camada pré-sal devem ser usadas em benefício da população
Os policiais terão que se apresentar em sete dias sob pena de deserção da Polícia Militar
Na decisão, Moro pediu que a Polícia Federal (PF) faça a escolta de Costa até o Congresso Nacional
Imigrantes africanos desapareceram no mar no último domingo (14/9), na costa da Líbia, quando o barco em que viajavam afundou, informou nesta segunda-feira (15) a Marinha líbia, acrescentando que já foram resgatadas 36 pessoas. Eles estavam a caminho da Europa. "Havia um monte de corpos flutuando, mas a falta de recursos não nos permite recuperar os cadáveres, principalmente desde que foi ficando escuro ontem (domingo). A nossa prioridade é resgatar os sobreviventes”, acrescentou a Marinha, ressaltando que pelo menos 200 pessoas estariam a bordo. A Líbia é um país de trânsito rumo à costa europeia para centenas de milhares de imigrantes, a maioria africanos, que tentam chegar à Europa por meio de uma perigosa viagem pelo Mar Mediterrâneo para Malta ou para a Ilha de Lampedusa, no Sul da Sicília. Com a situação turbulenta por que passa a Líbia, o número de viagens de imigrantes líbios também tem aumentado nos últimos tempos. * Com informações da Agência Lusa
A nota, que pede respeito aos trabalhadores humanitários como David Haines, "destaca, uma vez mais, que o Estado Islâmico deve ser vencido e que a intolerância, a violência e o ódio que professa devem ser erradicados"
[caption id="attachment_15297" align="aligncenter" width="620"] Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil[/caption]
Convocado pelas redes sociais por Gabriel Fernandes, comovido pela morte de João Antonio Donati, jovem homossexual assassinado no último dia 10, em Inhumas, na região metropolitana de Goiânia, uma caminhada feita neste domingo (14/9) à tarde, na Orla de Copacabana, pede a criminalização da homofobia. Atos semelhantes se repetirão em diversas cidades do Brasil, “até o dia em que, se Deus quiser, a homofobia acabar”, disse Fernandes à Agência Brasil.
O ato, salientou, não se restringia aos gays ou lésbicas assassinados diariamente em todo mundo. “É por todos nós, é pela mulher, é pelo hétero, é pelo negro, por qualquer pessoa que se sinta discriminada, que seja considerada uma praga pela sociedade”. Os manifestantes querem provar que "não são pragas", mas pessoas com anseios, amores. “A gente só quer poder andar na rua com o nosso parceiro ou parceira”, disse. Fernandes destacou também o apoio essencial que deve ser dado ao segmento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) pela família, “porque esse é o grande alicerce de todas as pessoas”.
Para a doutora em história e pesquisadora Rita Colaço, atos como o de hoje são importantes para todas as pessoas comprometidas com os direitos humanos se mobilizarem. “São anos seguidos de índices aumentando e a gente não vê uma resposta do Congresso Nacional. A gente percebe que o Congresso está sempre de costas para a rua, para aquilo que as pessoas reivindicam”. Ela lembrou que o Brasil tem leis para reprimir a discriminação por motivo religioso e por raça, “mas a discriminação aos LGBT continua à margem”.
Segundo Rita, isso é um sinal de que o Congresso entende que essa parcela da população não merece direitos. “É o único que continua à margem da Constituição”. Heterossexual, mas com parentes e amigos homossexuais, o desenhista Leslie Fontenelle avaliou que os crimes contra o segmento LGBT traduzem um discurso de ódio no Brasil. “O que está se discutindo é a criminalização do discurso de ódio, de se pregar o ódio”. Para Fontenelle, trata-se de uma questão não só homossexual, mas humana. Ele considerou que, no momento em que pessoas de visibilidade pregam ódio e violência, “a sociedade deve se levantar e dizer que isso não é aceitável”.
O coordenador especial da Diversidade Sexual do Rio de Janeiro, Carlos Tufvesson, ressaltou a importância de se participar de manifestações em prol dos direitos humanos. “A gente só vai construir um país melhor quando os direitos de todos forem respeitados”. Segundo ele, falta solidariedade hoje à população. O município do Rio de Janeiro comemorou na última semana os 18 anos da pioneira Lei de Combate à Discriminação LGBT.
O deputado federal Jean Willys, também presente ao ato, observou que as pessoas devem ir para as ruas se manifestar contra crimes que quase sempre passam despercebidos e muitos deles são desqualificados como crimes homofóbicos pela própria polícia. “Movimentos como esse, espontâneos, nascidos da sociedade, são importantes por isso”. Ele concordou com Carlos Tufvesson que falta solidariedade à população, mas acrescentou que falta a honestidade de “encarar esses crimes e reconhecer a motivação homofóbica deles, porque não adianta olhar o crime, ficar chocado e desqualificar sua motivação homofóbica”.
Em uma ação conjunta das polícias Civil e Militar de Inhumas, foi preso na sexta-feira (12)Andrie Maicon Ferreira da Silva, de 20 anos, que confessou a autoria do assassinato de João Donati. Ele vai responder ao processo na prisão. Silva relatou que manteve relações sexuais com a vítima e, durante a relação, os dois se desentenderam e começaram a trocar agressões. Andrie, então, enforcou Donati, matando-o. Em seguida, colocou pedaços de plástico na boca da vítima. Em seu relato, ele explicou que o motivo do desentendimento começou quando a vítima sugeriu inverter as posições no ato sexual.
A candidata à Presidência da República, Marina Silva (PSB), voltou a defender hoje (14) a autonomia do Banco Central e prometeu investir 10% da arrecadação bruta em saúde. "[Nosso compromisso é] dar continuidada à política de responsabilidade fiscal, de controle de inflação com a meta de inflação estabelecida e fazer um esforço muio grande para evitar que a inflação volte, para que o país possa investir em saúde, educação, segurança publica, no passe livre, na proteção do meio ambiente", disse Marina. Durante comício no começo da tarde em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, a candidata também ressaltou que, se eleita, vai ampliar o Programa Bolsa Família e o Programa Minha Casa, Minha vida. Ela destacou ainda que vai investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação e que nos seus quatro anos de governo vai levar ensino de tempo integral para todo o Brasil. No evento, a candidata também disse que vai manter a meta da inflação em 4,5%, vai diminuir juros e estimular o investimento para “que o país volte a crescer”. Marina também falou a respeito das diferenças religiosas, voltou a ressaltar que o país é laico e que no seu governo vai lutar para que os brasileiros possam “viver de forma respeitosa na diferença, criando uma cultura de paz e não de ódio”. Ainda na tarde de hoje, Marina vai se reunir na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio para um debate com indígenas e povos tradicionais.
Uma pesquisa feita em 63 favelas de 35 cidades do país mostrou que 94% dos moradores das favelas se dizem felizes e dois terços não sairiam da favela nem que sua renda dobrasse. E eles também são bastante críticos em relação à qualidade ou à falta de serviços públicos nas comunidades. A pesquisou foi transformada no livro Um País Chamado Favela, lançado oficialmene hoje (14) no Rio de Janeiro. Um País Chamado Favela traz a mais ampla pesquisa já feita sobre as favelas brasileiras. Um exemplar foi entregue pelos autores Celso Athayde, fundador da Central Única das Favelas (Cufa), e pelo presidente do Instituto Data Popular, Renato Meirelles, ao candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves. A radiografia que deu origem ao livro abrangeu uma amostra de 63 favelas de 35 cidades de todo o país. Foram entrevistadas 2 mil pessoas, disse à Agência Brasil um dos autores, Renato Meirelles. O livro já foi entregue aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva e será entregue a todos os presidenciáveis das eleições de outubro. “A gente acredita que o debate da favela não pode ser bandeira de partido A, B ou C. Tem que ser bandeira da sociedade brasileira em uma discussão de política pública, independente do governante que estiver ocupando o cargo público”, disse Meirelles. Os dados sócio-demográficos indicam a existência, no país, de 12 milhões de pessoas morando em favelas, o que seria o quinto maior estado do Brasil. “São [espaços] eminentemente urbanos e 89% estão em regiões metropolitanas. A favela é um fenômeno das grandes cidades”. Segundo Meirelles, a pesquisa identifica que os moradores das comunidades carentes são, em geral, mais negros e jovens. Por outro lado, eles são bastante críticos com relação à qualidade dos serviços públicos. “A renda na favela melhorou, mas a qualidade dos serviços públicos ainda não melhorou na mesma velocidade que a renda, por mais que tenha havido avanços”, argumentou. Segundo Meirelles, segurança e infraestrutura, onde entra saneamento básico, iluminação, saúde e regularização fundiária, são pontos importantes. Mas a favela também se ressente de outras coisas, como, por exemplo, um número maior de creches. Isso se justifica pelo maior número de mães chefes de família nessas comunidades do que na média do Brasil: 43% dos lares são chefiados por mulheres e 21% por mães solteiras. Em uma escala de zero a dez, os moradores das comunidades dão nota 5,4 para transporte público, 5,05 para hospital público, 4,28 para segurança pública e 6,17 para escola pública.
O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, assumiu hoje (13) o compromisso de promover a igualdade racial. Ele apresentou uma lista de 37 ações que serão incluídas no programa de governo para combater a discriminação e valorizar a igualdade étnica no país. De acordo com Aécio, as ações estão divididas em quatro grupos: fortalecimento do combate ao racismo, promoção de políticas de igualdade racial, arranjos institucionais para assegurar a sustentabilidade das políticas de igualdade racial e participação política e controle social. “Hoje, estamos lançando um conjunto de compromissos capazes de permitir maior inserção da juventude no mercado de trabalho e também um combate sem tréguas a qualquer tipo de discriminação ou racismo. Vamos garantir a aplicação da lei”, declarou o candidato tucano em Belo Horizonte. Ele estava acompanhado de Pimenta da Veiga, candidato ao governo de Minas Gerais, e de Antonio Anastasia, candidato ao Senado pelo estado. Para Aécio, o alto índice de assassinatos de jovens negros nas periferias das grandes cidades representa um genocídio que precisa ser combatido com políticas específicas. “Ano passado, grande parte das 56 mil mortes por assassinatos no Brasil ocorreu por conta do tráfico de drogas. Dessas, 30 mil envolviam jovens negros. Temos de enfrentar isso com políticas de inclusão, como essas que estamos lançando hoje”, disse. Entre as propostas, estão a regulamentação efetiva do Estatuto da Igualdade Racial em até 12 meses e a instituição de cotas de 50% de mulheres negras no Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial e de 50% de negros e de povos tradicionais nas candidaturas partidárias. O candidato tucano prometeu criar lei que garanta a participação de afrodescendentes em pelo menos 50% das propagandas e campanhas publicitárias federais e estaduais. Ele se comprometeu a incluir ações específicas para etnias e raças nos programas sociais do governo. Propôs, ainda, a criação do Fundo Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e o apoio à criação, em todo o país, de coordenadorias, ouvidorias e delegacias especializadas no combate ao racismo. O documento também sugere o tombamento, como patrimônio imaterial, das manifestações religiosas e das expressões culturais e folclóricas africanas.
Jihadistas do Estado Islâmico (EI) fecharam várias mesquitas na cidade de Mosul, norte do Iraque, e detiveram 40 religiosos sunitas que não seguiam suas interpretações radicais e não juraram fidelidade ao califa Abu Bakr al Bagdadi. De acordo com o xeque local, Mohamed Hashim, a recusa dos religiosos em cumprir as ordens dos extremistas é o motivo da perseguição. Os 40 religiosos foram presos e levados para local desconhecido, mas há casos ainda de prisões domiciliares. O incidente levou à interrupção de diversas cerimônias no país. Hashim recordou que grande número de religiosos sunitas fugiu de Mosul desde que o EI este passou a ter controle total sobre a cidade, em 10 de junho. De acordo com o analista político Ahmed Ibrahim al Ali, após o colapso do sistema de segurança e administrativo de Mosul, muitos civis tinham buscado refúgio nas mesquitas, acreditando que se manteriam salvos perto dos religiosos. Depois de ocuparem várias zonas do norte do Iraque, os jihadistas impuseram uma interpretação radical da lei islâmica e proclamaram a destruição dos locais sagrados dos xiitas. Mais recentemente, também começaram a fechar mesquitas sunitas. O EI proclamou um califado nos territórios sob controle no norte da Siria e do Iraque e tenta prosseguir com seus avanços para Erbil, capital da região autônoma do Curdistão, sob bombardeios dos aviões norte-americanos e iraquianos. *Da Agência Lusa