Resultados do marcador: Sem sintonia com o moderno

[gallery columns="2" size="medium" ids="32296,32297"] O “Pop” demitiu quatro jornalistas — João Carlos de Faria, Karla Jaime, Rosângela Chaves e Wanderley de Faria — na quinta-feira, 2. Novas demissões estão previstas para esta semana. O Grupo Jaime Câmara alegou contenção de despesas, considerando que o mercado anunciante, notadamente o governo de Goiás, reduziu seus investimentos. Avaliando que o jornal está ficando para trás, em termos de audiência e prestígio, a cúpula do Grupo Jaime Câmara planeja reformular o jornal — tornando-o mais forte regionalmente, mas buscando se tornar, o que nunca foi, um jornal nacional, o que é possível com a internet. A cúpula do jornal pretende trabalhar com uma equipe mais compacta, porém com maior produtividade. O “Pop” não consegue, por exemplo, vender reportagens para outros jornais e, mesmo assim, compra material de várias agências — às vezes de má qualidade e referente a temas que circulam na internet durante todo o dia, e gratuitamente. Porque o “Pop” paga pelo chamado “lixão” é um mistério. Um dos problemas do “Pop” é que seus diretores e editores parecem não ter entendido o impacto da internet no jornalismo. O jornal chega “velho” às mãos de seus leitores já de manhã. A sensação mais frequente, ao se ler o “Pop”, mesmo às 6h30, é que suas notícias foram todas, ou quase todas, lidas na internet ou vistas nos telejornais no dia anterior. O jornalismo puramente declaratório, que não explica-analisa os fatos para os leitores, morre minutos depois de “nascer”. O “Pop” é assim: está “nascendo” morto. Não basta demitir equipes que se tornaram supostamente “velhas” e incapazes de se renovarem. É preciso investir em mudanças reais no jornalismo, adaptando-o aos tempos rápidos da internet, e incorporando uma pitada mais analítica dos fatos.