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Em uma movimentação para esvaziar o PL, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está articulando sua saída do Partido Liberal (PL) e pretende estimular outros parlamentares bolsonaristas a abandonarem a sigla até 2026.
A movimentação, segundo apuração da jornalista Bela Megale, de O Globo, tem como principal motivação o crescente desgaste entre Eduardo e o presidente do partido, Valdemar Costa Neto. A possível debandada bolsonarista representa um novo capítulo na disputa interna do PL e pode redesenhar o mapa político da direita brasileira nos próximos anos.
A tensão se intensificou após a paralisação do Congresso Nacional, promovida pela bancada bolsonarista. Eduardo teria recebido informações de que Valdemar se opôs à estratégia de ocupação das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, o que impediu o funcionamento das duas Casas legislativas. A posição do dirigente foi vista como um sinal de distanciamento do núcleo bolsonarista.
Nos bastidores, Eduardo acusa Valdemar de atuar em “dois campos”: enquanto demonstra apoio público à família Bolsonaro, agiria nos bastidores para enfraquecer o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o deputado, o objetivo seria manter Bolsonaro dependente do PL, inclusive em um cenário de eventual prisão.
Além de Valdemar, Eduardo também aponta o marqueteiro Duda Lima como responsável pela disseminação de conteúdos negativos contra ele nas redes sociais. Duda é aliado histórico do presidente do PL e tem influência nas estratégias de comunicação da legenda.
Por outro lado, aliados de Valdemar negam qualquer sabotagem e afirmam que, embora a paralisação do Congresso não seja uma prática comum do dirigente, ele respeitou a decisão da bancada bolsonarista e chegou a elogiar publicamente a atuação dos parlamentares.
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Durante evento realizado nesta terça-feira, 13, em Anápolis, onde o governo de Goiás anunciou um pacote de obras de infraestrutura para o município, o prefeito Márcio Corrêa (PL) falou com exclusividade ao Jornal Opção e evitou antecipar discussões sobre o cenário político de 2026 e reafirmou sua lealdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Corrêa também comentou a possível candidatura do vice-governador Daniel Vilela (MDB) ao governo estadual.
Ao ser questionado diretamente se apoiaria Daniel Vilela mesmo que Bolsonaro fosse contra, Corrêa respondeu que estará "nas decisões do presidente Bolsonaro, juntamente com o meu grupo político em Anápolis.”
“Não tenho autonomia para falar em nome do PL. Isso cabe ao presidente estadual do partido”, afirmou o prefeito ao ser questionado sobre um possível alinhamento do PL com Daniel Vilela. “Hoje o momento é de parceria administrativa. O governador, que é filho de Anápolis, tem atendido as demandas da nossa cidade”, completou.
Vale ressaltar que Daniel e Corrêa são amigos, e o prefeito contou com o apoio de Vilela tanto em 2022, quando concorreu à Câmara Federal, quanto em 2024, quando se candidatou a prefeito de Anápolis.
Corrêa disse que, após as eleições municipais deste ano, pretende focar na entrega de seu plano de governo e que as discussões sobre alianças políticas ficarão para 2026. “Acabei de sair de uma eleição. Agora, meu papel é entregar as promessas feitas à população. No momento oportuno, no ano que vem, vamos iniciar as conversas políticas, mas agora estamos focados na administração”, disse.
Questionado sobre a possibilidade de deixar o PL e retornar ao MDB, partido do qual fez parte anteriormente, o prefeito descartou a hipótese. “Não tem essa discussão. Estou estruturado no PL, que me deu condições de ser candidato e de ser eleito. Não há movimentação nesse sentido. Continuarei firme no partido”, garantiu.
Embora seja amigo de Daniel Vilela, Corrêa reiterou que sua decisão política estará alinhada ao grupo bolsonarista. “Aqui ninguém está falando de apoio do PL. O senhor (repórter) está perguntando se eu vou apoiar. E essa não é uma conversa para agora. A discussão política será feita no ano que vem, no momento oportuno, quando os pré-candidatos forem colocados”, afirmou.
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Deputados de oposição protocolaram um pedido para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o esquema de fraudes no INSS. O requerimento foi protocolado com 185 assinaturas.
Agora, cabe o aval do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) para que a CPI seja instalada.
O pedido ocorre após investigação da Polícia Federal (PF) revelar um amplo esquema de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
De acordo com a PF, associações que oferecem serviços a aposentados cadastravam pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades de benefícios do INSS. O prejuízo pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
“Nossa solicitação é para Hugo Motta pautar o mais rápido possível a CPI do Roubo dos Aposentados. Eu como autor, estamos com 184 assinaturas, e saindo daqui irei protocolar o pedido de instalação da CPI na nossa secretaria junto com outros parlamentares”, disse o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO).
“A CPI do INSS é extremamente necessária, uma das mais importantes da história do Congresso, porque esse dinheiro foi roubado de aposentados. Eu equiparo a importância da CPI da Petrobras, do BNDES. Nesse caso, os bilhões de reais foram desviados de idosos, de aposentados, uma covardia sem tamanho”, afirmou o vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ).
Operação
A Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF), investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões de segurados da Previdência.
Ao todo, a operação cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão em 13 estados e no Distrito Federal. Segundo a PF, o esquema envolvia cobranças indevidas feitas por entidades com convênio com o INSS, que descontavam valores diretamente da folha de pagamento de aposentados e pensionistas, sob a justificativa de oferecer serviços como planos de saúde, seguros e auxílio-funeral.
As cobranças, no entanto, não eram autorizadas pelos beneficiários, muitos dos quais acionaram a Justiça ao notarem os débitos indevidos.
O esquema teria começado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando foram autorizados diversos convênios com entidades de representação. A prática continuou nos primeiros meses do atual governo Lula (PT). Recentemente, o diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis, já havia sido exonerado do cargo.
A investigação atinge operadores, servidores públicos e representantes dessas entidades, que são suspeitos de envolvimento nas fraudes.
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