Resultados do marcador: O anti-Aécio Neves

[caption id="attachment_37061" align="aligncenter" width="620"] Governador de São Paulo, Alckmin pode ir para o novo PSB | Foto: Miguel Angel Alvarez[/caption]
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, planeja ser candidato a presidente da República, em 2018, pelo PSDB. Porém, como o seguro morreu de velho, está “criando” uma alternativa, formatando um novo grupo político. Nos bastidores, o tucano é um dos políticos que incentivam a fusão entre PSB e PPS, com o objetivo de que se crie um partido mais substancioso, com mais presença nacional. Em São Paulo, trabalhou, sem muita discrição, para atrair a senadora Marta Suplicy para o PSB — arrancando-a do PT. O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, havia ficado como suplente de deputado federal, o que reduzia seu peso político, então Alckmin convocou um deputado federal para sua equipe e devolveu o líder socialista para Brasília.
Por que Alckmin está contribuindo, direta ou indiretamente, para a construção de um novo partido? Porque teme que o PSDB banque o senador Aécio Neves — dada sua boa votação em 2014 — para presidente da República.
O grupo de Alckmin avalia que, em 2018, finalmente se acabará o reinado do PT, dada a corrupção sistêmica forjada por integrantes do partido, e aquele que articular uma frente ampla, com discurso crítico e construtivo, tende a ser eleito presidente. Como o eleitorado de São Paulo é o maior do país, os alckministas apostam que saem na frente e, sobretudo, tiram o pé de apoio de Aécio Neves. Em 2014, o senador perdeu em Minas Gerais, mas se aproximou perigosamente da presidente Dilma Rousseff graças ao eleitorado de São Paulo. Em 2018, se houver um candidato a presidente de São Paulo, a votação de Aécio Neves tende a ser menor no Estado, o que enfraquecerá sua campanha. Tucanos paulistas sugerem que o senador dispute o governo de Minas Gerais, fortalecendo o PSDB no Estado, e aí Alckmin poderia disputar a Presidência pelo partido.
A articulação de Alckmin é tão forte que está convidando para conversas políticos de vários Estados e partidos. O senador goiano Ronaldo Caiado (DEM) conversou demoradamente com Alckmin. O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) — que tem pretensões presidenciais —, também está na lista de interlocutores do governador paulista. Tucanos sublinham que, enquanto Aécio Neves pouco procura os tucanos do país, supostamente avaliando que ele deve ser procurado, Alckmin conversa com todo mundo, apresentando suas ideias e buscando ampliar as alianças.