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Ofensiva norte-americana se insere em um contexto geopolítico complexo

A tensão entre Brasil e Estados Unidos aumentou nas últimas semanas. O motivo foi o anúncio de sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, revogou o visto do ministro. Ele alegou que Moraes estaria perseguindo politicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Aliados de Bolsonaro disseram ao jornal Folha de S.Paulo que novas punições estariam sendo consideradas. Entre elas, estariam o aumento de tarifas sobre produtos brasileiros, sanções conjuntas com a aliança militar OTAN e até o bloqueio do sinal de GPS no Brasil. Mas será que isso é mesmo possível?
O que é o GPS e como ele funciona?
O GPS é um sistema de localização por satélite. Com ele, é possível saber exatamente onde você está no planeta. Celulares, carros, navios, aviões e até tornozeleiras eletrônicas usam o GPS para se orientar. Ele também é essencial para empresas de logística, redes de internet e bancos.
O sistema foi criado pelos Estados Unidos nos anos 1970, inicialmente com fins militares. Mais tarde, passou a ser usado por civis no mundo inteiro. Hoje, funciona com 24 satélites que giram em torno da Terra. Esses satélites emitem sinais constantemente. Quando um celular ou outro equipamento capta sinais de pelo menos quatro satélites, consegue calcular sua localização com alta precisão.
Existem dois tipos de sinal. Um é aberto para todos, inclusive civis, e outro é reservado para uso militar pelos EUA e seus aliados.
Os EUA poderiam bloquear o GPS no Brasil?
Segundo especialistas ouvidos pela BBC News, isso seria muito difícil. O GPS envia sinais do espaço para toda a Terra ao mesmo tempo. Não é possível “desligar” o sinal apenas para um país, como o Brasil, sem atingir também países vizinhos.
O engenheiro Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, explica:
Os satélites estão sempre transmitindo sinal. Quem quiser pode captá-lo. Seria como tentar bloquear a TV aberta só para uma cidade: o sinal continua chegando a todos.
Além disso, segundo ele, mudar a forma como o GPS transmite os dados exigiria uma reformulação técnica profunda.
Fazer isso só para o Brasil, e de forma rápida, seria praticamente impossível.
Portanto, bloquear o GPS em um único país não é viável tecnicamente. E, do ponto de vista político, seria um gesto extremo, com alto custo internacional.
Existem formas de atrapalhar o funcionamento do GPS?
Sim. Existem formas de interferir localmente no sinal do GPS. A principal delas é o jamming, técnica que bloqueia o sinal com a emissão de ondas de rádio na mesma frequência, porém mais fortes. Essa interferência impede que os receptores — como celulares e aviões — identifiquem a localização correta.
Segundo a BBC News, essa técnica já foi usada por países em zonas de conflito. Em 2024, por exemplo, a Rússia provocou interrupções em sistemas de navegação por satélite. Isso afetou milhares de voos civis. Em um dos casos, um avião da Força Aérea britânica que transportava o secretário de Defesa teve o GPS bloqueado ao sobrevoar áreas próximas ao território russo.
Além do jamming, há o spoofing. Essa técnica envia sinais falsos para enganar os receptores e fazê-los acreditar que estão em outro lugar. O spoofing pode afetar mísseis, drones e navios.
Entretanto, para usar essas técnicas no Brasil, seria preciso instalar equipamentos de interferência dentro do território nacional. Isso seria considerado um ato direto de sabotagem.
O que aconteceria se o GPS fosse cortado?
Se o GPS deixasse de funcionar, os impactos seriam grandes. O setor de transportes seria o mais afetado. Aviões, navios e veículos perderiam sistemas de navegação. Empresas de entrega e logística também teriam dificuldades.
Além disso, redes de telecomunicações dependem do GPS para sincronização do tempo. Sem isso, poderiam ocorrer falhas nos serviços de internet e telefonia. Até os bancos seriam afetados. Isso porque o GPS fornece o tempo exato para registrar as transações eletrônicas.
Segundo a engenheira Luísa Santos, especialista em sistemas espaciais, os Estados Unidos poderiam, em caso extremo, cortar o sinal civil do GPS para determinadas regiões.
Mas isso traria consequências diplomáticas graves. Além disso, afetaria empresas globais — inclusive americanas — que usam o GPS em vários países.
Mesmo durante guerras, os EUA mantêm o sinal criptografado para uso militar. O sinal civil, que é livre, poderia ser limitado. No entanto, esse tipo de ação costuma ser temporária e muito localizada.
Existem alternativas ao GPS?
Sim. O GPS não é o único sistema de localização via satélite. A Rússia tem o GLONASS, a China usa o BeiDou, e a Europa desenvolveu o Galileo. Índia e Japão também criaram seus próprios sistemas com cobertura regional.
Segundo a astrofísica Ana Apleiade, da USP, os aparelhos modernos — como celulares, drones e aviões — já conseguem usar mais de um sistema ao mesmo tempo.
Mesmo que o GPS caia, há alternativas. O mundo não depende mais só dos EUA para se localizar.
Além disso, alguns países utilizam redes terrestres como o eLoran, que não dependem de satélites. Esses sistemas servem como backup em caso de falhas no GPS.
Conclusão: uma ameaça improvável e de alto risco
A ideia de cortar o GPS no Brasil surgiu em meio à crise política entre os dois países. Mas, na prática, esse tipo de medida é muito difícil de ser colocada em prática. Técnicos e especialistas ouvidos pela BBC News explicam que o GPS funciona de forma global. Bloquear um país isoladamente traria problemas para todos os lados.
Além disso, interferir no GPS causaria prejuízos a empresas, governos e cidadãos — inclusive nos Estados Unidos. Por isso, mesmo sendo tecnicamente possível degradar o sinal civil, é muito improvável que isso aconteça.
Como resume Apleiade:
Não é só apertar um botão e desligar tudo. É um assunto delicado, com impacto global.
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O brasileiro e espanhol Marcus Arduini Monzo, de 37 anos, foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato brutal de Daniel Anjorin, um jovem britânico de 14 anos. O crime ocorreu em 30 de abril de 2024, no bairro de Hainault, no nordeste de Londres, e envolveu uma sequência de ataques com uma espada samurai.
Além da morte do adolescente, outras cinco pessoas foram feridas, entre elas, dois policiais que tentaram impedir o avanço do agressor. A sentença, proferida em junho de 2025 no tribunal de Old Bailey, determinou que Monzo deverá cumprir no mínimo 40 anos de prisão antes de poder pleitear liberdade condicional.
O ataque teve início por volta das 7h, quando Monzo bateu uma van contra uma casa em Laing Close, ferindo um homem de 33 anos. Em seguida, saiu do veículo carregando uma katana e invadiu uma residência próxima. No local, agrediu outro homem, de 35 anos, que sofreu cortes profundos em um dos braços.
Poucos minutos depois, Monzo avistou Daniel, que seguia para a escola. O menino foi atingido nas costas e no pescoço. Vizinhos que presenciaram a cena tentaram alertá-lo, porém o garoto usava fones de ouvido e não percebeu a aproximação do agressor.
Logo após matar Daniel, Monzo seguiu em direção a uma rua próxima, onde atacou dois policiais que tentavam contê-lo. Uma oficial sofreu fratura no crânio, lesões nos nervos e danos permanentes. O outro quase perdeu uma das mãos. Ainda assim, os agentes conseguiram resistir e retardar o avanço do agressor até que reforços chegassem. A detenção foi concluída com o uso de spray químico e duas descargas de Taser. O ataque, desde o primeiro chamado até a prisão, durou cerca de 22 minutos.
Investigação e Julgamento
Durante o julgamento, a defesa alegou que Monzo sofria de psicose induzida pelo uso de maconha e ayahuasca. Entretanto, o júri rejeitou a tese de insanidade, concluindo que ele era plenamente responsável por suas ações.
De acordo com a promotoria, o réu teria consumido as substâncias de forma voluntária e sabia dos riscos que seu comportamento apresentava. A perícia psiquiátrica apontou que o acusado tinha convicções delirantes alimentadas por uso prolongado de alucinógenos, mas mantinha consciência da realidade durante os atos violentos. Portanto, o tribunal considerou que ele poderia ser julgado com base na plena imputabilidade penal.
A investigação policial revelou aspectos perturbadores da vida de Marcus Monzo. Cidadão europeu com nacionalidade brasileira, ele morava em Newham, distrito do leste londrino. Segundo os investigadores, Monzo vinha se isolando socialmente nos meses que antecederam o crime. Dizia ouvir vozes, falava em energias negativas e havia desenvolvido fascínio por armas brancas e pela estética samurai.
No dia do ataque, chegou a matar seu próprio gato, alegando que o animal havia sido possuído por forças malignas. Depois disso, dirigiu até Hainault armado com a espada e outros objetos apreendidos pela polícia, como duas pistolas de ar comprimido e substâncias entorpecentes.
Ainda assim, especialistas consultados pelas autoridades ponderaram que ele não apresentava histórico psiquiátrico formal anterior. Além disso, não havia registros de ameaças ou antecedentes de violência. A ausência de alertas prévios reforçou o impacto do caso sobre as forças de segurança e sobre os serviços de saúde mental. Parlamentares britânicos, inclusive, chegaram a discutir a criação de novas diretrizes para a identificação de riscos envolvendo pacientes sob efeito de psicotrópicos não regulamentados.
Vítimas e Debates

Daniel não resistiu aos ferimentos. A tragédia provocou forte comoção entre familiares, amigos, colegas de escola e em toda a comunidade local. Em nota, a Bancroft’s School, onde ele estudava, descreveu o adolescente como um “jovem brilhante, gentil e dedicado aos estudos”. Clubes esportivos também homenagearam o estudante. Fã do Arsenal, ele foi lembrado com uma salva de palmas no 14º minuto de uma partida oficial, simbolizando sua idade no momento do ataque. A família recebeu apoio de centenas de pessoas durante o funeral, realizado em Ilford, com uma cerimônia discreta, mas carregada de emoção.
As vítimas sobreviventes também deixaram testemunhos comoventes. Um dos homens atacados dentro de casa relatou o desespero ao ver a lâmina se aproximando rapidamente. Os policiais, por sua vez, disseram em juízo que o confronto foi o mais violento de suas carreiras. Apesar das lesões, ambos foram homenageados publicamente pela bravura e ainda recebem acompanhamento médico e psicológico. Já os moradores do bairro de Hainault criaram uma rede de solidariedade, com vaquinhas virtuais, reuniões comunitárias e sessões de apoio coletivo. A página de arrecadação para a família de Daniel ultrapassou £150 mil em doações.
O caso, embora isolado, levantou questões importantes sobre o controle de armas brancas no Reino Unido, o uso de substâncias psicoativas e os impactos sociais da desinformação sobre espiritualidade e "caminhos alternativos" de consciência. O uso de ayahuasca, embora associado a contextos religiosos no Brasil, vem sendo adotado em ambientes urbanos e terapêuticos na Europa, muitas vezes sem o devido acompanhamento médico. A tragédia reacendeu esse debate, porque o acusado afirmou ter feito uso da substância nos dias anteriores ao crime.
Autor dos crimes é o brasileiro Marcus Monzo
Marcus Monzo ouviu a sentença em silêncio. Segundo relatos da imprensa britânica, ele demonstrou pouca reação durante o julgamento. O juiz classificou o ataque como “feroz, impiedoso e devastador”, e destacou que a pena mínima de 40 anos reflete não apenas a gravidade do homicídio de Daniel, mas também a brutalidade contra os demais feridos. Ainda cabem recursos, mas a defesa não informou se irá recorrer.
A lembrança de Daniel Anjorin, no entanto, permanece viva entre seus colegas e vizinhos. Ele sonhava ser jogador de futebol e adorava matemática. Era conhecido por sua educação, carinho com os mais novos e paixão pelo aprendizado. Sua ausência, como disseram os pais em carta aberta, deixou um vazio impossível de preencher. Ainda assim, o esforço por justiça e as manifestações de carinho mostram que a memória do garoto segue mobilizando afetos — e gerando reflexão.
Vídeo: polícia confronta Marcus Arduini Monzo
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Falha técnica com carro assusta Beyoncé e fãs

Durante 12 anos de papado, Jorge Bergoglio manteve o coração ligado ao país, mas evitou pisar em solo argentino. A ausência alimentou críticas, frustrações e selou uma relação marcada pela distância e pela desilusão.

Ao chegar à basílica, os carregadores do caixão fizeram uma pausa diante do ícone de Maria, local onde o Papa costumava orar. Sendo assim, em um gesto de homenagem, crianças levaram flores brancas até o altar.

Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, o professor e cientista político Guilherme Carvalho, traçou um panorama sobre as possíveis consequências da escalada protecionista americana. Ele se diz otimista apesar do cenário caótico.

O presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira, 2, que a partir de amanhã, os Estados Unidos vão impor uma tarifa de 10% sobre todos os produtos importados, o que inclui o Brasil, e 25% para todos os carros produzidos fora do território norte americano. "Isso é para amigos e inimigos e muitas vezes os amigos são muito piores que os inimigos em termos de comércio e isso acabou arrasando com a nossa base industrial e colocou nossa segurança nacional em risco", disse.
Ao apresentar os detalhes do novo plano tarifário, Trump citou que países como Índia e Tailândia impõe tarifas acima de 70% em motocicletas e apontou que a culpa é de outros presidentes que não responderam à guerra comercial.
As taxas variam para alguns países: 34% para a China, 20% para a União Europeia, 46% para o Vietnã, 32% para Taiwan e 24% para o Japão. Trump argumenta que essas tarifas forçarão outras nações a reduzirem seus próprios impostos sobre produtos americanos e incentivarão a produção dentro dos EUA.

As tarifas são as mais recentes de uma série de impostos anunciados por Trump desde o início de sua presidência, incluindo taxas de 25% sobre aço e alumínio importados, além de impostos sobre automóveis e peças de veículos importados. Essas medidas já geraram fortes objeções de países e indústrias afetadas.
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Entre as medidas de retaliação está a imposição de taxas ou tributos, suspensão de concessões e consulta diplomática para mitigar os efeitos das taxações

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A integração da maior economia do Sudeste Asiático ao bloco reforça sua relevância global, cria pontes para parcerias estratégicas e reduz barreiras comerciais

Estima-se que 139 brasileiros voltaram ao país nesse voo. Ou seja, são 1593 deportações este ano. Sendo que as operaçoes desta modalidade começaram em 2019 e já deportaram 10.872 brasileiros.

As eleições americanas acontecem nesta terça-feira, 5, e os dois candidatos com maior intenção de voto são Donald Trump e Kamala Harris. Nesse cenário, portanto, ambos receberam diversos apoios públicos de personalidades do cinema, música, esporte, televisão e empresariado.
Pessoas como Elon Musk, que não escondem seu posicionamento, já declararam apoio meses atrás. Enquanto isso, outras celebridades, como a cantora pop, Lady Gaga, deixaram para se pronunciar na reta final. A manifestação de celebridades estimula os eleitores a votarem, já que o voto não é obrigatório nos Estados Unidos da América.
Quem apoia Kamala Harris?
- Lady Gaga;
- Katy Perry;
- Beyoncé;
- Taylor Swift;
- Billie Eilish;
- Olivia Rodrigo;
- Eminem;
- Charli XCX;
- Geroge Clooney;
- Bad Bunny;
- LeBron James;
- Jennifer Anniston;
Quem apoia Donald Trump?
- Kanye West;
- 50 Cent;
- Elon Musk;
- Mel Gibson;
- Hulk Hogan;
- Amber Rose;
- Dana White;
- Kid Rock;
Influências
Alguns dos nomes mais famosos do país são as artistas internacionais do pop, como Beyoncé, Olivia Rodrigo e Taylor Swift, que, portanto, influenciam um grande grupo de jovens na nação. Beyoncé, por exemplo, concedeu à campanha de Kamala Harris autorização para usar a música "Freedom" em um vídeo promocional.
Enquanto Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, anunciou oficialmente seu apoio a Trump em julho. Além disso, ele prometeu doar cerca de R$ 245 milhões por mês para apoiar a campanha do candidato.
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