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Segundo delegado, o adolescente pegou a arma do pai para cometer o crime e corpos das vítimas foram encontrados em cisterna

Anuncio foi divulgado nas redes sociais. O animal veio de Brasília

Casal e filho foram os últimos presos na Operação Entrega Cancelada. Ação prendeu 21 pessoas e sequestrou R$ 1 milhão em bens

O casal Kel Macettare e Bruno Cordisco se conheceram há duas décadas

Entre as vítimas estão servidores e alunas da rede municipal de ensino de Aparecida de Goiânia

Vítima fatal se envolveu em uma colisão com um caminhão na BR-153, em Santa Tereza de Goiás. Uma família família goiana também morreu em Minas Gerais

Uma casa completa. Eu ainda era criança quando sonhava com uma casa decorada. A parede em uma cor que eu gostasse, um papel de parede, móveis planejados, luminárias, objetos de decoração. A gente morava de aluguel, mudamos algumas vezes de casa: nove casas das quais eu me lembro. As paredes eram sempre brancas porque não havia grana pra essa decoração que eu sonhava. Era tudo sempre limpo e organizado, mas a minha casa (física) nunca se pareceu com as dos filmes e das novelas. Eu morria de vontade de mandar cartas para os programas de decoração e ver aquelas transformações imediatas e chiques, mas as casas eram temporárias. Eu, que já tinha tanto, não podia, de jeito nenhum, fazer esse tipo de exigência pra minha mãe. Parecia absurdo na minha cabeça desejar uma “bobagem” dessas.
Comprei minha primeira casa aos 19, na planta, ainda namorando, pela primeira etapa do Minha Casa Minha Vida. Meu sonho era ter uma casa, minha. E um dia, se eu conseguisse, dar uma casa pra minha mãe. Foram 10 anos morando nessa casa que ficou pequena demais pra gente com uma criança crescendo e o desejo de ter um segundo filho. Conseguimos alguns móveis planejados, devagarinho a casa foi ficando em ordem, mas ainda não era tão completa quanto eu gostaria. A grana dava pra fazer uma coisa ou outra e a gente sempre precisava escolher entre viajar, pagar o IPVA ou comprar uma mesa nova.
Depois de 3 anos de anúncios, no meio da pandemia, vendemos nossa casa. Um apartamento novo, quase 20 m² a mais, finalmente uma suíte. Dois banheiros a mais. Uma área de lazer para Cecília brincar, uma piscina, uma academia. Dessa vez eu decidi que não haveria nada provisório. Pode demorar o tempo que for, vai ser como nos meus sonhos. O armário que eu salvei do Pinterest, os organizadores que eu vi no Instagram. No próximo mês completamos 4 anos de apartamento novo. E falta tanto. O guarda-roupas do meu quarto foi comprado com a venda de um carro. Chegou Matheus no meio do caminho e prestes a fazer um ano, o quartinho dele ainda não está completo. Mas outro dia, amamentando ele e olhando pros detalhes daquele quarto eu fiquei pensando nessa crônica aqui.
Eu chorei olhando uma foto da ultrassom dele que minha cunhada enquadrou, uma sagrada família que ele ganhou e um quadro pintado pela Cecília que ainda não penduramos na parede. O berço está quase saindo pra dar lugar à cama e aquele quartinho, ainda incompleto, vai mudar. Enquanto eu colocava Matheus pra dormir, Cecília fazia desenhos para a porta do quarto que pintamos de lilás. O desenho era uma imitação colorida de fechadura eletrônica. Aquele quarto, que também não está completo, tem brinquedos espalhados pelo chão, jogos embaixo da cama, corações nas paredes e uma escrivaninha que vive lotada de papel recortado e adesivos. Aquele quarto, incompleto, é exatamente como eu queria que fosse o meu quando era criança.

Nesse mesmo dia, o Guilherme, um amigo muito querido, me mandou uma mensagem contando que finalmente tinha conseguido, junto com os irmãos, comprar uma casa pra mãe dele. Uma casa pra eles morarem. Uma casa própria. Eu me emocionei porque eu sei exatamente tudo que aquela chave significava. Me emocionei porque com certeza, esse é um sonho que eu e minha irmã compartilhamos. E eu sei que hoje tá na moda morar de aluguel. Tem gente que reforma casa de aluguel gastando fortunas e gravando vídeos fingindo que dá pra fazer tudo sozinho com pouca grana. Eu sei que há uma geração inteira que não se importa com um apartamento próprio, que acha que financiamento é bobagem e que vende por aí a história de que é melhor investir (sem nunca guardar um centavo na poupança ou de fato fazer um investimento). Tem gente que sequer reconhece o privilégio de ter uma casa própria, uma área de lazer. Mas sei também que há gente como nós que sonha em ter uma casa pra chamar de sua. Em pintar portas e janelas e decorar um lugar seu, do seu jeito, com a sua cara.
E olhando pra minha casa “incompleta” eu só conseguia pensar que essa casa incompleta me ensinou a ser paciente, mas também me ensinou a aproveitar cada detalhe. A casa está em construção porque nós também estamos. Estamos sempre. Cecília está crescendo e eu não quero pensar que um dia aqueles brinquedos vão sair dali e que talvez ela não goste mais da porta lilás. A cama, que hoje é rosa, pode passar a ser brega e infantil. O quartinho do Matheus talvez não tenha mais arco-íris e ele me peça carros, dinossauros, sei lá.
Eu quero que o tempo vá devagar, sem esquecer que há muito a ser feito pela casa e pela gente. Faltam armários, tem um sofá que a gata rasgou, mas tem uma manta no sofá pra lembrar que é ali que a gente se deita no fim do dia. Uma criança em cada colo e uma gata no pé. Tem brinquedo espalhado e roupinhas no varal com cheiro de bebê. Tem louça sempre suja ou no escorredor, mas tem um pai e uma mãe que inventam lanches e receitas para manter essa galerinha saudável e feliz. Na sacada: um patinete, uma bicicleta e uma motoca. E no armário da cozinha: copos de princesas e herois, forminhas de coração e pratos ilustrados.
E a certeza plena de que tem amor demais aqui. Mesmo no caos.

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O casal de produtores rurais goianos e os dois filhos, que estavam no avião que explodiu em Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo, seguem internados no Hospital Regional de Caraguatatuba. Segundo a Secretaria da Saúde de São Paulo, o estado de saúde de Mireylle Fries, de 41 anos, é grave.
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A mulher é a diretora financeira e administrativa do Grupo Fries - tradicional família de produtores de soja de Mineiros (GO), conhecida nacionalmente pela defesa ao meio ambiente.
O marido da empresária, Bruno Almeida Souza, de 48 anos, e os filhos, de 6 e 4 anos, têm quadro de saúde estável, sem fraturas ou ferimentos graves, segundo a pasta. Já Mireylle precisou ser submetida a um procedimento cirúrgico e chegou a ser entubada.
O quadro dela é delicado, mas ela segue respondendo bem ao tratamento e já foi extubada. A mulher deve ser transferida ainda hoje para o Hospital Sírio-Libanes, em São Paulo.
Familiares das vítimas já viajaram em outro jato particular da família para o estado paulista, a fim de acompanhar a recuperação do grupo e participar do sepultamento do piloto Paulo Seguetto, de 55 anos, que morreu na queda da aeronave.
A vítima fatal trabalhava a cerca de 10 anos para a família Fries - sendo responsável por conduzir a principal aeronave do grupo. Ele tinha quase 30 anos de experiência na aviação.

Transferência hospitalar
A família ficou ferida no acidente com um avião que ultrapassou a pista do aeroporto de Ubatuba e explodiu na Praia do Cruzeiro na manhã da última quinta-feira, 9. Além das vítimas, outras três pessoas foram atingidas pela aeronave em solo.
A família foi inicialmente levada para a Santa Casa de Ubatuba, hospital mais próximo do local do acidente. Durante a tarde de quinta-feira, os quatro foram transferidos, por etapas, para o hospital de referência em Caraguatatuba.
O primeiro a ser transferido foi o menino, por volta das 14h. Ao longo da tarde, por volta das 18h, o pai e a menina também foram levados para o Hospital Regional. Por fim, por volta das 19h, a mãe também deu entrada na unidade em Caraguatatuba.
Segundo a Santa Casa de Ubatuba, hospital onde a família estava antes de ser transferida, o local tem suporte emergencial de UTI para estabilizar casos graves. No entanto, a transferência teve que ser realizada para que os pacientes tenham acesso a um hospital com UTI estruturada e com outras especialidades médicas para um atendimento mais completo.
Queda a aeronave
O avião ultrapassou a pista do aeroporto de Ubatuba nesta quinta-feira e explodiu na Praia do Cruzeiro. O piloto morreu, enquanto a família foi resgatada das ferragens por populares. As vítimas estavam na cidade paulista à passeio, antes de voltar para o estado goiano para administrar a colheita de soja nas fazendas.
O aeroporto de Ubatuba tem uma pista curta, de apenas 940 m. O Cessna 525 precisa de 789 m para pouso, segundo o site da fabricante. A aeronave, com matrícula PR-GFS, modelo 525, foi fabricada em 2008 pela empresa Cessna Aircraft. Ela tem capacidade para sete passageiros, além de dois pilotos.
A Rede VOA informou que as condições climáticas eram ruins e a pista estava molhada. Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) disse que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi acionado para a ocorrência e que, na ação inicial, são utilizadas técnicas específicas para realização de coleta e confirmação de dados, preservação dos elementos, verificação inicial de danos na aeronave, entre outras informações.