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PSB acusa Lúcia Vânia de infidelidade partidária

Legenda também aponta má gestão das finanças da sigla em Goiás, que acumula dívidas de quase R$ 700 mil

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) emitiu uma decisão liminar, assinada pelo presidente Carlos Roberto Siqueira de Barros, denunciando a situação delicada em que o partido se encontra_Jornal Opção
Foto: Reprodução

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) emitiu uma decisão liminar, assinada pelo presidente Carlos Roberto Siqueira de Barros, denunciando a situação delicada em que o partido se encontra. O documento também suspende imediatamente todos os membros da Comissão Executiva do Diretório Estadual do PSB em Goiás, incluindo a ex-senadora Lúcia Vânia.

Apesar de ter recebido, entre janeiro de 2018 e março 2019, mais de R$ 1,7 milhão de reais do diretório nacional, o PSB-GO possui uma dívida de quase R$ 700 mil, correspondente a despesas de manutenção, salário de colaboradores, aluguéis e contas de água e energia. Para a sigla, a situação caracteriza uma gestão temerária de finanças.

Carlos Roberto, em nome de todo PSB, falou sobre suas preocupações, principalmente, com as eleições municipais de 2020.

Em decisão liminar, a postura da líder do diretório estadual do PSB, Lúcia Vânia, é questionada por demonstrar "conduta reprovável" e "infidelidade partidária". A senadora também é acusada de trabalhar para remover quadros expressivos do partido em prol de suas pretensões eleitorais.

Segundo relatos, durante reunião convocada por Lúcia em março deste ano, ela teria convidado todas as lideranças para migrarem para o Cidadania (Cida), antigo Partido Popular Socialista (PPS). A líder também teria afirmado que tal atitude seria tomada pelo presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira. Ele negou, posteriormente, intenção de deixar o PSB.

Neste cenário de extrema gravidade, a intervenção da Executiva Nacional decidiu por liminar suspender imediatamente todos os membros da Comissão Executiva do Diretório Estadual do PSB em Goiás. A execução tem 8 dias úteis para ser efetivada, diz a decisão liminar assinada por Carlos Roberto.

Outro lado

O Jornal Opção entrou em contato com a ex-senadora, que negou todas as acusações. Lúcia Vânia afirmou ainda que irá tomar medidas judiciais em relação ao caso. "Isto é uma armação do Elias [Vaz] que será desmascarada na justiça", disse.

Amastha joga contra o próprio partido

[caption id="attachment_100492" align="alignleft" width="620"] Amastha e Laurez entram em rota de colisão e o prefeito de Gurupi sai do PSB[/caption] A coleção de desafetos do prefeito e presidente regional do PSB, Carlos Amastha, aumenta a cada dia. Agora chegou ao mais importante membro do seu próprio partido. O prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, comunicou-lhe na terça-feira, 18, o seu desligamento da sigla. Corre nos bastidores que Moreira tem convites de vários partidos, mas ainda não definiu seu futuro partidário, por enquanto. O gestor da cidade de Gurupi perdeu o comando do PSB quando Amastha ingressou na legenda e, evidentemente, isso causou uma ruptura natural entre ambos, velada até o mês passado, mas exposta, de vez, na última semana. Sob o comando de Laurez, o PSB saltou de 4 prefeitos em 2008 para 61 em 2012. Já sob a direção de Amastha encolheu 43,8% em 2016, caindo para apenas nove gestores. Inobstante a isso, há possibilidade da sigla sofrer nova debandada após a saída de Laurez, permanecendo no partido apenas o próprio Amastha e outro gestor, o que reduziria – drasticamente – para apenas dois prefeitos. Sem Laurez Moreira — que já havia se desentendido com sua antiga aliada, a deputada federal Josi Nunes (PMDB) — o prefeito da capital pode ficar absolutamente isolado numa eventual disputa pelo governo do Estado ou para o Senado Federal. Os incondicionais apoios dos parlamentares Ricardo Ayres e Alan Barbiero não seriam suficientes para preencher tal lacuna. Sem bases políticas sólidas no Sul do Estado – face a ruptura com Laurez – como também no Norte, onde nunca esteve em alta, em razão da ausência de lideranças políticas aliadas, qualquer uma das candidaturas mencionadas pode ser um desastroso “voo de galinha”. Aliado a isso, conta ainda o fato de o prefeito de Palmas ter que superar o entrave denominado “PEC do Amastha” que tramita no Congresso Nacional, como também, o desgaste com a própria população da capital, que lhe outorgou mais quatro anos de mandato, porém, para alçar outro voo, ele teria que renunciar ao cargo de prefeito. É o que pode ser chamado “sinuca de bico”, e não há sinais que Amastha saiba lidar com tal situação tão adversa. E o prefeito de Palmas já provou que não suporta pressão alguma. As redes sociais e os xingamentos gratuitos são, quase sempre, sua válvula de escape.