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Texto de Graciliano Cândico
Na última semana, o Brasil conheceu os vencedores do Prêmio CNA Brasil Artesanal 2025, iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o SENAR e o SEBRAE, que reconhece os melhores queijos artesanais do país. Entre os campeões, dois nomes do Entorno de Brasília brilharam com seus produtos de qualidade e produção familiar: a Queijaria Sítio das Oliveiras, de Alexânia (GO), e a Vacananet Queijaria Artesanal, da Cidade Ocidental (GO).
Os produtores Gervásio da Silva Oliveira e Rodrigo Rocha conquistaram, respectivamente, o quarto lugar nas categorias queijo de Iratamento Térmico e Queijo Tradicional (Maturado), superando dezenas de concorrentes de todo o Brasil e ajudando a consolidar Goiás como um polo de queijos artesanais de excelência.
A jornada do sabor: da ordenha ao reconhecimento nacional
A equipe do Jornal Opção Entorno percorreu mais de 90 quilômetros a partir de Valparaíso de Goiás, passando pela BR-060 e um pequeno trecho da GO-139, até alcançar o alto do morro onde está localizado o Sítio das Oliveiras, propriedade do casal Gervásio e Maria Antônia Oliveira. Lá, no silêncio da zona rural de Alexânia, nasce diariamente o queijo que encantou os jurados do prêmio.
Com uma produção artesanal que envolve apenas o casal e, eventualmente, o apoio do filho, a queijaria funciona há quatro anos e já alcança a marca de 1.200 peças por mês. A produção é feita com leite de sete vacas girolandas, cuja genética apurada permite alcançar uma média de 160 a 165 litros de leite por dia, o suficiente para manter uma produção contínua de segunda a quinta-feira.
"Optamos por vacas de maior produtividade para manter a qualidade. Nosso diferencial está no uso do leite pasteurizado, que garante um queijo fresco mais seguro, suave e com baixo teor de', explica Gervásio, que também adiciona cloreto de cálcio ao leite para preservar os nutrientes durante o processo térmico. O resultado é um queijo fresco, leve, com excelente textura e aceitação crescente entre os consumidores de Brasília - onde hoje concentra 90% de suas vendas. Os queijos são comercializados em feiras, padarias, empórios e eventos do segmento produtivo.
Com apoio técnico do SE-NAR e do Sindicato Rural de Alexânia, Gervásio recebeu capacitação para aprimorar receitas e atender às exigências sanitárias da agroindústria. O casal também ostenta o Selo Arte, que permite a comercialização interestadual e certitica a produçao artesanal.” Esse prêmio mostra que valeu a pena cada erro e cada acerto. Foi nossa primeira participação e já fomos premiados. É a prova de que o pequeno produtor, com apoio e dedicação, pode chegar longe" , comemora Maria Antônia, emocionada.
Tradição, excelência e maturação: o caminho da Vacananet
Do outro lado do Entorno, em um condomínio rural na Cidade Ocidental, o mestre que-jeiro Rodrigo de Castro Pinheiro Rocha comanda a Vacananet Queijaria Artesanal, ao lado da esposa, Hellen Keller dos Santos Azevedo. Aos 54 anos, Rodrigo comemora sua ascensão no mundo dos queijos maturados — especialidade que o levou ao pódio da categoria Queijo Tradicional com um Minas Padrão de cura controlada, conquistando o 4° lugar no Prêmio CNA.
Rodrigo trabalha com 600 litros de leite por semana, comprados exclusivamente de uma fazenda parceira com rigoroso controle sanitário e nota máxima em manejo e ausência de antibióticos. "Para ter um queijo de qualidade, você precisa de um leite excelente. Trabalho com um produtor que conheço há mais de 30 anos. Tudo é feito com capricho e controle”, afirma.
Em apenas dois anos e meio de atuação como produtor profissional, Rodrigo já acumula medalhas: ouro no frescal e bronze no Minas Padrão no concurso da Emater-DF, além de prêmios no tradicional concurso de Blumenau (SC). "O reconhecimento nacional veio mais rápido do que eu esperava. No CNA, levei três queijos e já consegui classificação. Estou focado em manter a excelência e crescer até chegar a 500 litros por dia — o suficiente para manter a produção enxuta e com valor agregado.”
Goiás no mapa dos melhores queijos do Brasil
Além de Alexânia e Cidade Ocidental, o município de Guapó (GO) também foi destaque no prêmio, com o produtor João Vicente Rodrigues, da Serra do Bálsamo, conquistando o 3° lugar na categoria Queijos com Condimentos. Goiás foi o único estado com três queijarias entre os premiados, desbancando tradicionais potências como Minas Gerais e São Paulo.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), José Mário Schreiner, destacou o papel da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do SENAR no sucesso dos finalistas. "Esse prêmio é uma grande oportunidade para quem não atua em escala industrial. O segmento do leite e do queijo movimenta milhões de empregos e reforça a identidade do agro brasileiro com inovação, tradição e qualidade."
O Prêmio CNA Brasil Artesanal 2025 mostra que o futuro do queijo brasileiro passa pela valorização da pequena agroindústria, da produção familiar e do resgate de saberes tradicionais. Os casos de Gervásio e Rodrigo ilustram como o cuidado com a matéria-prima, a persistência e o apoio técnico podem transformar pequenas queijarias em verdadeiras referências de excelência.
"Quando você vê seu produto sendo reconhecido entre tantos do Brasil inteiro, percebe que está no caminho certo", resume Rodrigo. Já Gervásio finaliza com humildade e fé: "Colocamos tudo na presença de Deus. E Ele nos honrou".
O Entorno de Brasília, muitas vezes lembrado apenas por seus desafios sociais, agora também é símbolo de sabor, tradição e qualidade. Uma região onde o campo resiste com dignidade e entrega ao país queijos de dar orgulho a qualquer paladar.
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Data se transformou em celebração de ideologias e palanque político

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O Brasil se prepara para celebrar o seu 203º aniversário de Independência não com união, mas com um cisma político. No coração de Brasília, um aparato de segurança monumental, envolvendo 4.500 militares e um rigoroso sistema de vigilância com drones e 1.300 câmeras, será implementado não para conter uma ameaça externa, mas para mediar a guerra fratricida entre brasileiros.
Este 7 de Setembro, data que deveria simbolizar a soberania e a identidade nacional, será marcado por uma disputa entre partidos, que cooptam o simbolismo pátrio para seus embates ideológicos, revelando como a nação se perdeu em suas próprias divisões.
A origem desta crise remonta a uma estratégia da direita bolsonarista. Com Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, aliados do ex-presidente, principalmente do PL, orquestraram um plano logístico para maximizar a presença em manifestações pelo país.
A tática envolve concentrar atos em capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília pela manhã, permitindo que lideranças viajem para o evento principal na Avenida Paulista, à tarde, considerado o epicentro dos protestos. Paralelamente, articularam a presença de Michelle Bolsonaro como a principal atração do ato em São Paulo, uma tentativa de galvanizar a base na ausência de seu principal líder.
Em resposta direta, partidos de esquerda e apoiadores do presidente Lula também convocaram suas próprias manifestações para a mesma data. A estratégia petista, por sua vez, busca reivindicar os símbolos nacionais, utilizando o slogan “Brasil soberano” e a bandeira verde e amarela, para defender uma agenda de resistência às pressões internacionais, notadamente do governo Trump, e apoiar as instituições democráticas.
Consequentemente, o que está sendo preparado não é uma celebração, mas um campo de batalha. De um lado, os bolsonaristas marcharão para criticar as investigações judiciais contra Bolsonaro, apoiar a aplicação da Lei Magnitsky contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como Alexandre de Moraes, e vocalizar seu alinhamento com a política externa de Donald Trump. Do outro, os petistas sairão às ruas para defender a soberania nacional contra o que veem como interferência norte-americana e para apoiar o governo atual e o Judiciário.
Este antagonismo transforma a data mais simbólica do calendário cívico brasileiro em um lugar de antagonismos partidários, perdendo completamente seu significado universal. O 7 de Setembro não pertence a um partido, a um presidente ou a uma ideologia; pertence a todos os brasileiros.
A data que deveria ser um ponto de união tornou-se o ápice de uma disputa que enfraquece a democracia e aliena o cidadão comum, que vê a política não como um meio de melhorar o país, mas como um fim em si mesma, um jogo de poder onde a pátria é apenas um prêmio a ser conquistado.
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