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A 97ª edição do Oscar, marcada para acontecer no dia 2 de março de 2025, contará com a participação de 52 brasileiros entre os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, a instituição responsável pela votação nas diversas categorias da premiação. A presença desses profissionais no processo de escolha dos vencedores é um reflexo da crescente contribuição do Brasil à indústria cinematográfica mundial.
Entre os nomes mais conhecidos estão a atriz Fernanda Montenegro, o diretor Fernando Meirelles, o ator e diretor Wagner Moura, a atriz Sonia Braga, o cineasta Kleber Mendonça Filho e o compositor Carlinhos Brown. Todos eles, juntamente com outros profissionais do cinema, possuem o direito de votar nas categorias do prêmio, desde que sejam membros ativos da Academia.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que organiza o Oscar, atualmente conta com cerca de 10,9 mil membros, dos quais aproximadamente 9,9 mil estão habilitados a votar nas 23 categorias da premiação. A composição dos votantes é diversa, com representantes de diferentes nacionalidades e áreas do cinema, incluindo diretores, atores, roteiristas, produtores e técnicos.
A entrada na Academia ocorre por meio de um processo que envolve recomendações feitas por dois membros já estabelecidos na instituição, que são responsáveis por indicar profissionais que consideram qualificados para a adesão. Após a indicação, os nomes passam por uma avaliação de um comitê.
Em alguns casos, como o de Fernanda Torres, que foi indicada à categoria de Melhor Atriz, a nomeação ao Oscar pode ser suficiente para que o artista seja automaticamente aceito como membro da Academia, sem a necessidade de passar por esse processo formal de apadrinhamento.
O processo de votação para o Oscar de 2025 começou em 11 de fevereiro e se encerrará em 18 de fevereiro. Durante esse período, os membros da Academia escolhem os indicados e, posteriormente, os vencedores. A maior parte das categorias é decidida por votações internas entre membros de áreas específicas da indústria cinematográfica — por exemplo, atores votam em atores e diretores votam em diretores.
No entanto, existem exceções: as categorias de Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Longa-Metragem de Animação permitem que todos os membros da Academia votem, independentemente de sua área de atuação. Isso garante uma maior diversidade na escolha dos vencedores nessas categorias.
O processo de votação e apuração é rigoroso. A PricewaterhouseCoopers (PwC) é responsável por auditar os votos, assegurando a transparência e a precisão do processo. Os resultados, como sempre, serão mantidos em segredo até a cerimônia, quando os envelopes com os nomes dos vencedores serão abertos ao vivo. Assim, os membros da Academia desempenham um papel fundamental na definição dos premiados do Oscar, influenciando diretamente o reconhecimento das produções cinematográficas do ano.
Aqui está a lista completa dos 52 brasileiros que participam da votação do Oscar 2025:
- Adriano Goldman (diretor de fotografia)
- Affonso Beato (diretor de fotografia)
- Alê Abreu (diretor e animador)
- Alice Braga (atriz)
- Andrea Barata Ribeiro (produtora)
- Anita Rocha da Silveira (diretora)
- Anna Muylaert (diretora)
- Anna Van Steen (maquiadora)
- Antonio Pinto (compositor)
- Bruno Barreto (diretor)
- Cacá Diegues (diretor)
- Carlinhos Brown (compositor)
- Carlos Saldanha (diretor e animador)
- Carolina Markowicz (diretora)
- Daniel Rezende (diretor e montador)
- Emilio Domingos (documentarista)
- Fabiano Gullane (produtor)
- Felipe Lacerda (montador)
- Fernanda Montenegro (atriz)
- Fernando de Goes (cientista de computação)
- Fernando Meirelles (diretor)
- Helena Solberg (diretora)
- Heloísa Passos (diretora)
- Ilda Santiago (curadora)
- Jefferson De (diretor)
- João Atala (documentarista)
- João Moreira Salles (documentarista)
- José Padilha (diretor)
- Karen Akerman (editora e produtora)
- Karen Harley (montadora)
- Karim Aïnouz (diretor)
- Kleber Mendonça Filho (diretor)
- Laís Bodanzky (diretora)
- Lula Carvalho (diretor de fotografia)
- Marcelo Zarvos (compositor)
- Maria Augusta Ramos (documentarista)
- Mauricio Osaki (diretor)
- Mauricio Zacharia (roteirista)
- Paula Barreto (produtora)
- Pedro Kos (documentarista)
- Petra Costa (documentarista)
- Renato dos Anjos (supervisor de animação)
- Rodrigo Santoro (ator)
- Rodrigo Teixeira (produtor)
- Sara Silveira (produtora)
- Selton Mello (ator e diretor)
- Sonia Braga (atriz)
- Vânia Catani (produtora)
- Vera Blasi (roteirista)
- Wagner Moura (ator e diretor)
- Waldir Xavier (engenheiro de som)
- Walter Salles (diretor)
A transmissão da cerimônia será feita ao vivo pelo serviço de streaming Hulu e também pela emissora ABC, que cobre mais de 200 territórios ao redor do mundo, garantindo que o evento alcance uma audiência global.
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A BaianaSystem acaba de lançar O Mundo Dá Voltas, seu quinto álbum de estúdio, consolidando ainda mais a sua identidade musical que mescla elementos da cultura africana, caribenha e lusófona com as raízes soteropolitanas. O disco, que chegou ao público em 16 de janeiro, foi produzido por Daniel Ganjaman e tem a direção musical do vocalista Russo Passapusso.
Durante os últimos três anos de trabalho, a banda mergulhou em questões sociais e culturais que envolvem os povos negros e indígenas do Brasil, do Caribe e da diáspora africana, sem perder sua conexão com Salvador, sua cidade natal, e o som pulsante que a define.
O álbum se destaca por uma sonoridade mais lenta em algumas faixas, mas sempre com a energia vibrante que caracteriza a BaianaSystem. A faixa de abertura, Batukerê, mistura samba e ijexá, reverberando a ancestralidade afro-brasileira, e traz as participações de Dino D'Santiago e Kalaf Epalanga.
Este é o ponto de partida para um álbum coeso, onde a banda segue explorando ritmos e melodias do Brasil e de outros países com uma forte carga de reflexão sobre a identidade e as dificuldades enfrentadas pelos povos marginalizados. A letra de Porta-retrato da família brasileira, por exemplo, faz referência ao termo Améfrica Ladina, que remete à luta diária pela sobrevivência, destacando a realidade de um povo que constantemente remonta a sua história por meio da resistência e da busca por melhores condições de vida.
Em termos de participações especiais, O Mundo Dá Voltas é um verdadeiro mosaico de colaborações. Em A Laje, a BaianaSystem se une ao rapper Emicida e à jovem Melly, trazendo um mix de rap e música popular brasileira, com uma forte pegada de protesto social.

A parceria com Emicida, que é um dos maiores nomes do rap brasileiro, dialoga com o conteúdo político do álbum, enquanto Melly, revelação baiana, acrescenta seu talento vocal, trazendo uma energia renovadora ao som da banda. Já em Magnata, a BaianaSystem se aprofunda no raggamuffin’, com participação do rapper Vandal, outro talento soteropolitano que imprime sua identidade na música.
A presença de Gilberto Gil e Lourimbau em Pote D’Água é uma homenagem à força da terra e à cultura baiana, unindo a sabedoria de Gil com a ancestralidade do berimbau tocado por Lourimbau. A música traz uma aura de celebração das raízes culturais de Salvador, fazendo o disco transitar entre a modernidade e a tradição.
Outro momento marcante é a colaboração com Anitta em Balacobaco, uma faixa com uma sonoridade pulsante e uma pegada mais eletrônica, que também conta com a atriz Alice Carvalho. Este encontro entre a BaianaSystem e Anitta, uma das artistas mais relevantes da música pop brasileira, mostra a versatilidade da banda em integrar diferentes estilos e artistas ao seu universo sonoro.
O álbum também se aprofunda na musicalidade amazônica com a faixa instrumental Palheiro, criada pelo guitarrista paraense Manoel Cordeiro em parceria com o guitarrista da BaianaSystem, Roberto Barreto. Esta faixa instrumental traz uma reflexão sobre a diversidade musical do Brasil, ampliando o horizonte sonoro da banda e evidenciando a riqueza cultural da região Norte do país.
Por fim, o álbum se encerra com Ogun Nilê, uma oração que dialoga com a ancestralidade e a fé de Salvador, tema recorrente na obra da BaianaSystem. A faixa também faz referência a orixás e à religiosidade afro-brasileira, destacando a força espiritual presente na cidade e no imaginário coletivo da população baiana. O trabalho finaliza o álbum de forma intensa, com uma conexão profunda com a terra, a cultura e a identidade da BaianaSystem.
Com O Mundo Dá Voltas, a BaianaSystem reafirma seu compromisso com a música como uma ferramenta de reflexão social e de celebração das culturas afro-brasileira, caribenha e africana, ao mesmo tempo em que se conecta com novas sonoridades e colaborações. O álbum não só mantém a essência da banda, como também expande seu alcance e diálogo com diferentes estilos e realidades, trazendo para o público uma obra rica, diversa e cheia de potência.
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