Na madrugada desta quarta-feira, 15, a potra Galega foi o nono animal a morrer por intoxicação no Instituto Equestre Camilla Costa, em Goiânia. A principal suspeita é que feno contaminado com toxinas fúngicas tenha causado as mortes. Além dos óbitos, cerca de 30 animais permanecem em tratamento após ingerirem o alimento.

Até a última quinta-feira, 12, o local abrigava 52 cavalos utilizados nas sessões de equoterapia, método terapêutico e educacional que emprega o cavalo como instrumento de desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência ou necessidades especiais. As mortes foram confirmadas pela proprietária, a atleta e competidora Camilla Costa Gomide, por meio das redes sociais.

Os animais mortos foram identificados como: a égua Tronchinha; o macho Chico; as éguas Man Olena, Boneca e Isa; os cavalos Zorreiro e Fênix; o macho Babalu; e a potra Galega.

O caso teve início na tarde da última sexta-feira, 13, por volta das 16h, quando onze animais apresentaram sintomas graves de cólica após a ingestão do feno. Horas depois, o número de animais afetados subiu para vinte, sendo que doze precisaram de internação pela equipe veterinária do instituto.

Além da equipe própria, alunos da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (UFG) também colaboram na prestação de assistência aos animais intoxicados.

Mortes trágicas

Segundo a diretora Camilla Costa, em entrevista ao Jornal Opção, as primeiras mortes ocorreram no fim de semana, entre sábado, 18, e domingo, 19, em decorrência de intoxicação causada por toxinas de origem fúngica presentes no lote de feno — o último recebido pelo instituto, há cerca de 40 dias. Amostras do material foram encaminhadas para análise laboratorial, e um Boletim de Ocorrência (B.O.) foi registrado sobre a contaminação.

Camilla relatou que os animais foram enterrados ainda na segunda-feira, 14, e que Galega seria sepultada na manhã desta quarta. “Hoje nós vamos enterrar a Galega, só estamos esperando ela chegar. Os outros foram enterrados ontem à noite. Espero que agora seja a última [que tenho que enterrar]”, lamentou.

Atualmente, 27 animais seguem em atendimento veterinário, enquanto 16 apresentam evolução positiva no quadro clínico. Apesar disso, a proprietária afirma que muitos ficaram debilitados após a ingestão do alimento. “Eles estão em atenção, estão estáveis, mas sentiram muito e emagreceram muito. Todos foram medicados. Hoje a veterinária vai checar eles de novo à tarde para avaliar e ver como está a movimentação do intestino”, explicou.

Confira o vídeo:

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