Secretaria Estadual de Saúde diz que superlotação no Materno Infantil é causada por falhas no atendimento básico

A secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, está na Câmara Municipal de Goiânia, na manhã desta terça-feira, 2, prestando esclarecimentos aos vereadores sobre o atendimento na capital.
De acordo com a secretária, há uma confusão na responsabilização da prefeitura pelos atendimentos de urgência pediátrica. Segundo Mrué, a competência sobre o assunto é do Estado e não do município.
“A parte de pediatria não está na nossa responsabilidade e tampouco é a recomendação do Ministério da Saúde. A recomendação e responsabilidade da urgência pediátrica é no hospital porta aberta Materno Infantil”
Ainda segundo Fátima, o que faltam não são médicos para atendimento hospitalar, mas sim de vagas de UTI. “O maior é problema não é falta de pediatra, mas sim falta de leitos. Lugar de pessoas em situação grave é no Hugo, Hugol e Materno. Pacientes graves precisam ir para hospitais, esse é o problema. O Cais não é o lugar adequado para tratá-las”.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) para questionar sobre a responsabilidade do Estado em disponibilizar atendimento de urgência para as crianças.
Por e-mail, a SES respondeu que “o HMI é referência na assistência especializada materno infantil de média e alta complexidade, sendo responsabilidade dos municípios o atendimento de baixa complexidade e básico de saúde, que é falho. No entanto, por ser um hospital de porta aberta, não recusa atendimento a quem o procura. Como consequência, ocorre a superlotação do Materno”.
Hospital Municipal
Uma forma de oferecer um melhor atendimento aos goianienses foi apontada durante a sessão ordinária desta terça-feira, 2: a criação de um Hospital Municipal.
De acordo com a secretária, o assunto está em análise. “Estou tratando desse assunto com o prefeito até para desafogar o atendimento e não ficarmos dependentes de outra unidades. Logo espero dar notícias sobre esse assunto”.
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