Há milhares de anos, as mulheres precisavam chegar ao clímax sexual para liberar óvulos e reproduzir descendentes; essa função sofreu readaptações e foi esquecida

A mulher se adaptou ao longo da existência humana a ovular periodicamente sem precisar sentir “prazer sexual” | Foto: Reprodução
Pesquisadores americanos das universidades de Cincinnati e Yale, nos Estados Unidos, parecem ter descoberto a origem do orgasmo feminino, estudo há milhares de anos, desde o filósofo grego Aristóteles. O estudo publico num periódico de saúde americano, durante a semana, revelou que os cientistas usaram medicamentos antidepressivos, de seres humanos, em coelhas para descobrir que o orgasmo feminino funcionava para liberar óvulos para a reprodução, assim como a ejaculação masculina libera espermatozoides.
O sistema de orgasmo dos coelhos funciona como os dos humanos: as coelhas somente liberam óvulos após o clímax sexual. As mulheres também funcionavam assim. A partir daí, os pesquisadores injetaram um medicamento à base de fluoxetina, famoso antidepressivo em humanos, nas coelhas durante uma semana. Após o uso do remédio, elas tiveram a liberação de óvulos reduzida em 30%.
Os pesquisados entenderam que as mulheres perderam essa função de chegar ao orgasmo para produzir óvulos e então reproduzir. O corpo feminino pode ter se adaptado ao longo dos anos ao sexo mecânico, sem orgasmo, e mesmo assim produzir óvulos periodicamente para reprodução.
Para ratificar os resultados, os pesquisadores refizeram o estudo adicionando outra substância: a gonadotrofina coriônica humana – hormônio responsável por estimular a ovulação. O objetivo era averiguar se a fluoxetina reduzia a ovulação pelo sistema nervoso central ou afetava diretamente os ovários. Seguindo as regras do primeiro experimento, metade de um grupo de coelhas recebeu fluoxetina e gonadotrofina.
Os resultados mostraram que as coelhas medicadas tiveram 8% de redução no número de ovulações em comparação com as outras, sem medicação. O que indica que a fluoxetina afeta apenas o sistema nervoso central, interferindo na produção de serotonina – conhecido como “hormônio do amor”.
Os pesquisadores entenderam o resultado como indicativo que sem o “prazer sexual” as coelhas não ovulam plenamente, o que reduz as chances de gestação. Apesar disso, a equipe não sabe dizer se os coelhos têm sensações similares às humanas durante ovulação e ejaculação.
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