A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) confirmou dois novos casos de monkeypox nesta terça-feira (19). Segundo informe oficial da pasta, os pacientes são dois homens que vivem em Goiânia.

Até esta segunda-feira (18), havia quatros casos confirmados. Dois deles na capital e os outros dois em Aparecida de Goiânia. Nesta terça-feira, os números foram atualizados, apontando dois novos diagnósticos no estado.

Todos os casos são de homens que têm entre 24 e 41 anos de idade. De acordo com a pasta, cinco casos foram descartados até o momento. Há ainda oito suspeitos no estado de Goiás.

De acordo com a professora do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (IPTSP/UFG), Menira Souza, não há razão para alarde, mas é preciso manter atenção. “Não é motivo para pânico. O certo é ficar atento, continuar monitorando e escutar a OMS [Organização Mundial da Saúde]. Foram feitos treinamentos com o pessoal da Saúde, para saberem identificar, porque muitos nunca tinham visto o tipo de lesão desta doença. Devemos ficar em alerta e continuar o monitoramento que vem sendo feito”, afirma.

Segundo a professora e pesquisadora da área de Virologia, os sintomas da monkeypox são febre alta, dores no corpo, cansaço e lesões na pele, que começam como manchas avermelhadas. Estas lesões contêm um líquido com o vírus. A transmissão é pelo contato com as feridas da pele, vias aéreas, toalhas ou roupas da pessoa infectada.

“De maneira geral, a prevenção é feita usando máscara, não compartilhando toalhas e roupas de pessoas infectadas. A forma mais comum de transmissão é pelo contato com as lesões ou com objetos usados pela pessoa infectada”, explica.

O tratamento, na maioria das vezes, é feito para aliviar os sintomas, com uso de analgésico e antitérmico. Existe ainda um antiviral específico, segundo a pesquisadora, mas usado na minoria dos casos. “Na maior parte das vezes, a doença evolui de forma benigna. Quem tem mais risco são crianças e pessoas imunocomprometidas – com HIV, por exemplo”, detalha.

Segundo a especialista, a vacina contra varíola protege parcialmente contra a monkeypox “porque esses vírus são relacionados e têm o material genético parecido”. Uma vacina específica contra a monkeypox foi aprovada pela União Europeia e há outros estudos em busca de um imunizante. A OMS analisa a possibilidade de iniciar a imunização e estuda possíveis grupos prioritários.