No JN, Simone Tebet diz que falta de apoio é causada pela polarização do país
26 agosto 2022 às 21h56
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Em entrevista ao Jornal Nacional, a candidata à presidência da república Simone Tebet (MDB) disse que a polarização do país lhe tira apoio dentro de seu próprio partido. A emedebista é a quarta e última candidata de uma série de sabatinas feitas pelo telejornal nesta semana.
Ao ser questionada sobre os motivos de não ter conseguido unir o MDB em torno de sua candidatura, uma vez que integrantes da sigla apoiam outros candidatos à presidência, Tebet culpou a polarização. Segundo argumentou a candidata, o país vive “uma polarização política e ideológica que está levando o país para o abismo”. Ela afirma que este contexto “faz com que alguns companheiros [do MDB] sejam cooptados”.
Antes de Simone Tebet, foram entrevistados, no Jornal Nacional, Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os cinco melhores colocados na pesquisa Datafolha do fim de julho foram convidados. André Janones (Avante) deixou a corrida presidencial.
Em relação a casos de corrupção que envolvem integrantes de seu partido, Simone Tebet diz que são “meia dúzia que estiveram envolvidos envolvidos, no passado, por exemplo com o escândalo do Petrolão do PT e não estão conosco”. A candidata também defendeu que o MDB não é mais um partido fisiológico.
Na entrevista, Simone Tebet citou algumas vezes que tem o que chamou de “melhor equipe de economistas liberais do Brasil”. Usou a expressão, por exemplo, durante a explicação de como pretende construir um milhão de casas e zerar a fila do SUS, em meio a um cenário econômico instável. Ainda na pauta Economia, a candidata defendeu a taxação de lucros e dividendos.
Simone Tebet disse que, caso eleita, o primeiro projeto em prol das mulheres que pedirá para ser pautado é o de igualdade salarial. “Aprovamos no Senado e está parado na Câmara”, afirmou. Ao ser questionada sobre por que seu partido, o MDB, tem apenas 33% de candidaturas femininas, Tebet argumentou que é assim “em todos os partidos, eles só cumprem a cota”. “É uma escada, tudo na vida da gente é difícil. Como é difícil ser mulher na iniciativa privada, que dirá na vida pública”, defendeu a sigla.