Há alguns anos, o tráfego aéreo no interior de Goiás era intenso. Anápolis estava na rota de um voo Rio-Miami

Alaor Barbosa: um dos mais importantes escritores brasileiros | Foto: Reprodução
O escritor Alaor Barbosa estava completando 16 anos quando foi morar e estudar no Rio. Morava na cidade goiana de Morrinhos. E embarcou para o Rio no aeroporto de sua própria cidade. Viajou em um Douglas DC-3 da companhia Nacional Transporte Aéreo, fazendo uma viagem com escalas em Buriti Alegre, Uberlândia, Uberaba, Belo Horizonte e, finalmente, Rio.
O transporte aéreo foi realidade, tempos atrás, em algumas cidades do interior goiano.
Quando jovem, o falecido Jaldo de Souza Santos, que foi presidente do Conselho Federal de Farmácia, deixou a cidade em que morava, Iporá, para vir estudar em Goiânia viajando de avião, também pela Nacional Transporte Aéreo.

Douglas DC-3 | Foto: Reprodução
Essa mesma empresa fazia ligação entre Rio Verde e Goiânia e por ela viajou para Goiânia várias vezes a família do empresário Carlos Cunha.
Esse voo da Nacional entre Rio Verde e Goiânia teve, por sinal, uma tragédia, em agosto de 1952. O DC-3, inexplicavelmente, explodiu e caiu quando sobrevoava o município de Palmeiras, matando várias pessoas. Entre essas vítimas se encontrava o jovem Antônio Borges Teixeira, de 20 anos, filho do então governador Pedro Ludovico, que era estudante nos Estados Unidos. Antônio se encontrava de férias e fora visitar parentes em Rio Verde.
O avião tinha na rota Goiânia, depois desceria em Uberlândia, em seguida Belo Horizonte e, finalmente, o Rio de Janeiro.
Anápolis era também destinação de voos aéreos e fazia parte de uma incrível viagem internacional entre o Rio e Miami, que durava mais de 20 horas. Tratava-se de um voo da Aerolíneas Brasil, com o heroico DC-3. Decolava no Rio e descia em Anápolis. De Anápolis zarpava para Carolina, Maranhão. A seguir, Belém do Pará. Depois, Guiana inglesa. A seguir, Porto of Spain, em Trinidad Tobago. E, finalmente, Miami.
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