Mauro Miranda relatou a história no Senado e o baiano Antônio Carlos Magalhães confirmou sua veracidade
O episódio narrado aqui aconteceu no dia 14 de julho de 1986. Era um sábado.
Encontrava-me em Salvador, na Bahia, e o saudoso amigo Walter Sales foi almoçar comigo, uma feijoada, no restaurante do hotel onde me encontrava.
De repente, chegaram três amigos dele, rindo muito. Um deles estava com um exemplar do Diário Oficial do Estado nas mãos.

Antônio Carlos Magalhães: o senador riu ao ouvir a história | Foto: Reprodução
Tratava-se de uma edição extra, com enorme número de páginas contendo nomeações do governo da Bahia. Era o último dia possível para publicar nomeações, pois haveria suspensão, por causa da lei eleitoral. Os amigos de Walter estavam rindo porque em frente ao nome de uma das inúmeras nomeadas constava uma observação inusitada: “Amiga de dona Carmen”.
Esqueceram de tirar a observação no Diário Oficial. Dona Carmen era a mulher do presidente da Assembleia Legislativa.
O governador na época era João Durval Carneiro, que estava por sinal rompido com Antônio Carlos Magalhães, o então mandachuva da Bahia.

Mauro Miranda: o político de Goiás citou a história no Senado | Foto: Reprodução
Pouco tempo depois, fiz um antigo no jornal “O Popular” criticando nepotismo e contei esta curiosa historieta.
Passados uns dois anos, o então senador por Goiás Mauro Miranda foi fazer no Senado um discurso condenando nepotismo. Ele mandou buscar uma cópia de meu artigo e começou o discurso lendo-o. Por coincidência, quem presidia a sessão era Antônio Carlos Magalhães, mais conhecido como ACM.
O líder baiano estava com a cabeça baixa e a levantou quando ouviu Mauro Miranda falar no episódio, então passou a rir e movimentar a cabeça — confirmando a história.
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