O diretor do Masp foi à Europa e conseguiu cópia do recibo de venda da tela assinada por Diego Velázquez
O jornalista e político Assis Chateaubriand teve o grande mérito da iniciativa de criar o Museu de Arte de São Paulo, orgulho do Brasil. Mas a alma dessa instituição foi o italiano Pietro Maria Bardi (1900-1999), que foi quem organizou a coleção e dirigiu o Masp por muitos anos.
Consta que, uma ocasião, surgiu o rumor em São Paulo de que uma tela de Diego Velázquez, o retrato “O Conde-Duque de Olivares”, era falsificada.

Pietro Maria Bardi e Assis Chateaubriand: os criadores do Masp | Foto: Reprodução
Bardi foi à Europa e conseguiu cópia do recibo de venda da tela assinada pelo próprio Velázquez.
A denúncia de que o quadro seria falso saiu no jornal “O Estado de S. Paulo”, o “Estadão”. “Ao se encontrar com o crítico Ciro Mendes em uma cerimônia pública”, Bardi “avançou sobre o jornalista e o esmurrou várias vezes. Mendes reagiu com palavras, procurando ferir Bardi onde mais doía — em seu passado político: ‘Fascista! O senhor não passa de um fascista!” A história da briga está contada no livro “Chatô — O Rei do Brasil: A Vida de Assis Chateaubriand” (Companhia das Letras, 732 páginas), do jornalista e escritor Fernando Morais.
A mulher de Bardi, Lina Bo Bardi, era arquiteta e foi a autora do projeto da magnífica sede do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo.
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