Pontos em aberto sobre a violência contra as mulheres
Allan Barreto
Motocicletas pretas e homens com a compleição física do suposto matador existem aos milhares na Grande Goiânia. Então, dificulta, e muito, a identificação. Fica, novamente, a pergunta: todos os assassinatos foram praticados com a mesma arma? A imprensa caminha sem rumo, ignora as lacunas nas informações da polícia e, também, que existe o Instituto de Criminalística, vizinho da Delegacia de Homicídios, onde são feitos os laudos cadavéricos das vítimas e os exames de balística, imprescindíveis na definição da autoria dos crimes. Por que ninguém ainda não foi lá perguntar sobre as conclusões dos peritos?
Há outro ponto em aberto. Se dividirmos a cidade ao meio, tendo como linha referencial a Goiás e a Rua 84/90, os assassinatos ocorreram só na porção oeste, assim como há a ausência de loiras entre as supostas vítimas. Qual seria a lógica?
É preciso e é salutar diferenciar a violência comum das dos crimes contra a vida. É quase impossível, numa sociedade como a nossa, impedir que uma pessoa se arme e atente contra a vida de outra. Nos crimes contra o patrimônio, a polícia só enxuga gelo, pois as penas mínimas são mínimas mesmo e a legislação penal oferece uma infinidade de recursos para possibilitar, ao bando, responder a pena em liberdade. É o já conhecido “prende e solta”.
Também, há mais de 20 mil mandados de prisão a serem cumpridos em Goiás. Contudo, não há vagas disponíveis nos presídios e cadeias públicas. Os juízes das Varas dos Crimes Contra a Vida, da comarca de Goiânia, já expediram oito mandados de prisão preventiva de supostos matadores de mulheres na cidade, o que afastaria, em tese, a existência de um único serial killer.
Allan Barreto é jornalista.
“Goiânia é muito violenta desde os anos 80”
Marcus Maggioli
Agora está caindo a ficha do pessoal de que Goiânia é perigosa. Não é exatamente de hoje isso. Essa cidade já era o caos na década de 90. Tinha favela “megatensa” (Vietnã), grupo de extermínio (“moto do além”, Setor Jaó), houve confrontos (Parque Oeste, a questão das vans), brigas de gangue realmente tenebrosas (basta dizer que a Inferno Verde tinha sede ao lado da Praça Cívica), arrastões. Não estou falando que hoje é pior ou melhor: estou dizendo que violência não surge do dia pra noite e que ao menos desde a década de 80 Goiânia é uma cidade muito violenta.
Marcus Maggioli é publicitário.
“Um sujeito assim pode ser ressocializado?”
Miguel Silva
Em relação à matéria “Polícia Civil e SSP querem encerrar polêmica do suposto serial killer que atua em Goiânia” (Jornal Opção Online), para criminosos como esse degenerado, só há duas formas de punição aceitáveis: prisão perpétua ou pena de morte. Ficar encarcerado até o último suspiro (como está o psicopata Charles Manson na Califórnia, há mais de 40 anos) ou injeção de dose letal de cloreto de potássio na veia. Não há meio termo. Ou alguém acredita que um tipo como esse pode ser “ressocializado”? Acreditar nisso é o mesmo que acreditar em Papai Noel.
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“O criminoso gosta da notoriedade do caso”
Marco Almeida
Não há nada que afirme não ser um psicopata. As características das vítimas demonstram isso. Se formos traçar um perfil desse indivíduo, provavelmente alguém com a idade entre 20 e 40 anos, ele tem um trabalho que lhe permite circular pela cidade, gosta da notoriedade que o caso está tendo e, garanto, não vai parar. Ele está se deliciando com essas mortes. Creio que, na mente dele, já está “matando” outra pessoa com as mesmas características. Ele tem acesso a todas as notícias relacionadas aos crimes e conhece como a polícia age.
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“Autoridades alienadas à realidade do povo”
Talmon Pinheiro Lima
Sobre o tema da violência causou-me espanto as declarações do Secretário de Segurança [Joaquim Mesquita] asseverando se sentir seguro em Goiânia, onde circula sem seguranças, a pé e de madrugada, retornando de danceterias do Setor Bueno. Essas declarações (infelizes, a meu ver) adicionaram o tragicômico a esse drama, embora comprovem que nossas autoridades vivem alienadas à realidade do povo.
“Estamos todos com medo. Não aguentamos mais”
Fernando Freitas
Acabo de ler a reportagem “Em discurso duro, Marconi diz que oposição torce por ‘mais homicídios’ em Goiás” (Jornal Opção Online). Essa conversa é para transferir a responsabilidade dos altos índices de violência para a oposição? Ninguém torce contra, muito pelo contrário: se nos últimos três anos tivessem trabalhado e investido em segurança não estaríamos nesta situação. Queremos segurança! Queremos que nossas famílias transitem pela cidade sem a “escolta” do marido e pai, pois acreditam que assim estarão mais seguros, mas não estão. Estamos todos com medo. Não aguentamos mais, pois, acreditem, deixamos de fazer muitas coisas em função da insegurança que vivemos e não falo apenas por minha família.
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“Não se tapa o sol com uma peneira”
Carlos Spindula
Sem palavras que expressem meu horror e minha indignação com o que está acontecendo, com a impunidade total e a absoluta insegurança que estamos vivendo. Quero fugir desta cidade com minha família, ou melhor, deste País. Se isso que a polícia quer mostrar que são casos distintos, se isso for verdade geraria ainda mais pânico, pois seriam não uma, mas sim várias dessas bestas-feras soltas na cidade. Não se tapa o sol com uma peneira!
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“Repórter expõe a situação de forma lúcida”
Adriano Ramos
Enquanto na reportagem “Atuação de serial killer em Goiânia não é descartada e delegados do interior vão ajudar em investigações” (Jornal Opção Online) Marcello Dantas expõe de forma lúcida e clara a situação dentro de um panorama de aumento da violência geral em Goiânia, em outro jornal a manchete expõe a 12ª vítima do suposto serial killer da moto preta. Esses dias, no almoço, eu que ainda não tinha visto a cobertura do outro jornal fiquei sabendo da “37ª vítima”. Vim procurar aqui outras notícias a respeito.
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“Goiás terá de optar entre irrigar ou produzir energia”
Ivan Bispo
Li a reportagem “Celg é essencial, mas há outros meios para solucionar o problema da energia” (Jornal Opção 2039), de Marcos Nunes Carreiro e tenho algumas observações sobre o tema. O potencial de geração de energia a partir de hidrelétrica no Estado de Goiás, hoje, é pequeno. A vocação de Goiás é agropecuária. A geração de energia hidrelétrica já começa a mostrar os conflitos que vivenciaremos, como o da irrigação versus hidroeletricidade em Cristalina. Gerar 52,5 megawatts impede a irrigação de milhares de hectares, algo acima de 80 mil.
Na “Revista Geociências”, número 33-2, foi publicado um trabalho de conclusão de um curso de especialização que fala do conflito irrigação versus hidroeletricidade: Goiás terá de fazer a opção, se quer gerar energia por via de hidrelétrica ou produzir alimentos via irrigação.
O problema de falta de energia em Goiás é que não existem linhas de transmissão. O Estado exporta mais de dois terços da energia produzida e não conta com linhas para distribuição interna. Falar em PCHs [pequenas centrais hidrelétricas] como solução para a falta de energia elétrica é sofismar. Será que nos nossos rios poluídos, como o Meia Ponte e o São Bartolomeu, seja possível construir PCHs para gerar energia limpa? Não. O conflito entre o saneamento e a geração energia vai potencializar a poluição dos rios.
Em Goiás temos um potencial enorme para geração de energia de biomassa. Muito se fala no bagaço da cana. Mas, e o eucalipto? Temos condições de gerar quantidade grande? Sim! Falar em construir PCHs em Goiás é só para provocar impactos ambientais, porque a quantidade energia gerada será ínfima diante do potencial da biomassa.
Ivan Bispo é ambientalista.
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“Vontade imediata de assistir ao filme”
Edmar Carneiro
Adorei o texto “A prisão perpétua de quem vive com medo de amar” (Jornal Opção 2039, caderno Opção Cultural), de Rafael Teodoro. Fiquei com vontade imediata de assistir ao filme [“O Segredo dos Seus Olhos”]. Parabéns.
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“Gravíssimo a PM não saber que maconha não causa overdose”
Marcus Fidelis
Parabéns pela matéria “O dia em que a PM goiana deu diploma de médico ao pirata Jack Sparrow” (Jornal Opção 2039, coluna “Imprensa”), mas ela contém um erro: a reportagem falsa não foi reproduzida [pelo Proerd] em 29 de julho. Ela estava lá desde janeiro. Já tinha tido 4,8 mil compartilhamentosno Facebook e 515 no Twitter até então. Ainda dá para ver no “cache” do Google.
Quem dá aulas sobre drogas não saber que maconha não causa overdose, é gravíssimo. Existe uma única possibilidade de acontecer morte por trauma com maconha, como contou o dr. Antônio Nery Filho em palestra no Ministério Público (MP-GO) em 2011: desabar a carga de um caminhão carregado de maconha sobre o coitado.
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“Entrevista para entender o porquê de tantas mudanças”
Fabiana Pereira
Adorei a entrevista com Renato Meirelles (Jornal Opção 2025), intitulada “A nova geração é muito crítica e não vai mais suportar as mentiras dos políticos”. Muito bem escrita e que me faz entende o porquê de tantas mudanças acontecendo neste novo Brasil e de todas as mudanças que ainda estão por vir.
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“Ótica caolha de peemedebistas”
Arthur de Lucca
Parabéns a Patrícia Moraes Machado pelas perguntas firmes na entrevista de Barbosa Neto (Jornal Opção 2039). Aliás, esse político, que não difere nada dos outros, mandou na entrevista uma teoria que é “só dele” quando afirmou: “Os 16 anos do governo atual geraram cansaço na população.” O outro “oportunista”, Sandro Scodro [deputado Sandro Mabel, do PMDB], insistiu também em uma semelhante “fadiga de material”.
O interessante é que a população, segundo a ótica caolha de ambos, não se cansou ainda dos mais de 50 anos “politicando” do vetusto dr. Iris Rezende. Esqueceram-se de que o maior hospital de Goiânia ficou fechado por sete anos na administração peemedebista. Esqueceram-se dos escândalos BEG/Astrográfica, Caixego e todos aqueles milhares surgidos e não apurados, ou melhor, não dados em nada — se dessem, a Papuda estaria mais populosa.
O risível é que Mabel, na entrevista dele, falou em “oitava maravilha” o plano elaborado por Barbosinha — não o radialista, mas esse que está aí querendo ressurgir das cinzas — e, quando perguntado de apenas um item, não soube explicar, não soube exemplificar. Acho que faltou “adestramento”.
Arthur de Lucca é representante comercial.
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“Há pessoas que já nasceram ruins”
Moacir Romeiro
Em referência ao artigo “Aécio desperdiça apelo popular da redução da maioridade penal” (Jornal Opção 2039), de José Maria e Silva, quero dizer que sou a favor da redução da maioridade penal. As pessoas que defendem o tal ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente] não entendem, para não falar outra coisa, é que ele fomenta, faz com que os ditos menores sintam-se protegidos em suas práticas criminosas. As pessoas que cometem crimes como o ocorrido em Goiânia, num ponto de ônibus e contra uma moça linda, já nasceram ruins e como tais não devem ser premiadas com políticas de reintegração social, mas, sim, pagar, se não com a morte, pelo menos com prisão perpétua.
Aproveito-me do ensejo para dizer, embora a questão não se relacione propriamente à matéria acima, que agora entendo porque o congresso nunca votou um projeto que questione o infeliz horário de verão.
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“Eduardo Siqueira está com vergonha de aparecer”
José Roberto
Esse medo de perder o governo do Tocantins, como se conclui do texto “Eduardo quer virar governador sem ter o voto do povo” (Jornal Opção 2039), como já perderam para Marcelo Miranda (PMDB), deixa Eduardo Siqueira (PSDB) encurralado e com vergonha de aparecer para o povo como deputado estadual. Isso se for eleito, pois nem mesmo na festa “encalorada” de inauguração do comitê ele apareceu, é mistério ou medo. Registro também meus parabéns à senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que, na entrevista da mesma edição, intitulada “Estamos vivendo um governo de mentira, uma farsa administrativa”, mostra o caminho para o progresso e o recomeço de nosso caçula Tocantins.
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