Nesta quinta-feira (21), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estipulou um prazo de cinco dias para Jair Bolsonaro (PL) se manifestar sobre a reunião que teve com embaixadores. No encontro, o presidente fez ataques contra as urnas eletrônicas.

Fachin estipulou o prazo em despachos de três representações levadas ao Tribunal pelos partidos Rede, PCdoB, PT e PDT. As siglas afirmam que Bolsonaro divulgou desinformação e fez propaganda eleitoral antes do período permitido. Além destas acusações, as siglas pediram que seja retirada do ar a transmissão da reunião com os embaixadores, feita pela TV Brasil no YouTube e nas contas do presidente em redes sociais. 

Como habitual nestes casos, Fachin estipulou que o presidente Bolsonaro, o PL e  também o Facebook se manifestem sobre. Na decisão, o presidente do TSE afirmou que representações contra candidatos só podem ser feitas após registro oficial da candidatura, cujo período começou nesta quarta-feira (20). Apesar disso, segundo ele, os fatos apresentados pelos partidos apontam que “a aduzida prática de desinformação volta-se contra a lisura e confiabilidade do processo eleitoral, marcadamente, das urnas eletrônicas”.

Augusto Aras publica vídeo sobre sistema eleitoral

Desde a reunião do presidente Bolsonaro com os embaixadores, na segunda-feira (18), na qual questionou a confiabilidade das urnas, o procurador-geral da República, Augusto Aras, não havia se manifestado. Nesta quinta (21), no entanto, divulgou um vídeo em que é feita a defesa do sistema eleitoral.

O material já havia sido publicado no dia 11 de julho, no Youtube da PGR. Nele, Aras concede entrevista a correspondentes internacionais. Ao publicar novamente o vídeo, Aras escreveu que  “diante dos últimos acontecimentos do país (…) recorda a necessidade de distanciamento, independência e harmonia entre os Poderes”. Além disso afirmou que “quem for eleito, será empossado”, além de afirmar que a invasão do Capitólio, por parte de apoiadores de Donald Trump, nos Estados Unidos, em janeiro deste ano, não se repetirá no Brasil.