Violência: mais de 200 feridos em manifestação de professores no Paraná
01 maio 2015 às 14h06
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Mais um dia triste para a Educação no Brasil. Ao menos 200 pessoas ficaram feridas durante manifestação na tarde da última quarta-feira, 29, em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Estado de Paraná, em Curitiba. Servidores estaduais protestavam contra o projeto de lei que altera a fonte de pagamento de mais de 30 mil beneficiários para o Fundo Previdenciário do Estado.
O tumulto teve início por volta das 16 horas, quando milhares de manifestantes, na tentativa de entrar na Casa de leis, ameaçaram ultrapassar a barreira humana feita por policiais em frente ao prédio. Os agentes, por sua vez, responderam com bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e spray de pimenta.
Nas cenas, que mais pareciam um campo de guerra, foi possível assistir à lamentável situação: pit bulls atacando manifestantes, tiros sendo disparados, pessoas pisoteadas, gritos e sangue. Muito sangue.
Os deputados paranaenses votaram naquele dia, em segunda e última votação, o projeto de lei que promove alterações no custeio do Regime Próprio da Previdência Social dos servidores estaduais. Com isso, o governo deixa de pagar sozinho mais de 30 mil aposentadorias e divide a conta com os próprios funcionários. Aprovada, a medida resulta em uma economia de mais de R$ 125 milhões mensais ao tesouro estadual. A situação econômica do Paraná não é nada boa, mas a atuação do governador Beto Richa (PSDB) consegue ser pior. Mesmo após o episódio, o tucano, que foi reeleito em primeiro turno no ano passado, voltou a dizer que não eram servidores que estavam no protesto e, sim, integrantes da CUT, MST e até black blocs. Justificou e afiançou a ação da polícia, dando um verdadeiro show de, no mínimo, falta de inteligência política. Paranóico, Richa segue a linha da presidente Dilma e acusa opositores de “golpe”.
Governo de Goiás parcela salário de servidores e culpa crise
“De fato, temos uma crise instalada.” A frase da secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, explica a decisão do Governo de Goiás de parcelar os salários dos servidores estaduais.
Em nota divulgada na noite da última terça-feira, 28, a administração Marconi Perillo (PSDB) justificou a mudança pela queda nas receitas do Estado. Sendo assim, os pagamentos de todo o ano de 2015 serão feitos em duas parcelas.
A primeira, 50% do vencimento, será efetuada no último dia útil do mês — na data que o governo costuma pagar os servidores integralmente.
A segunda parte, será feita até o quinto dia útil do mês seguinte, conforme permite a legislação. Foi espalhada, via redes sociais, uma suposta notícia de que a Secretaria de Planejamento iria parcelar o salário de abril em três vezes. No entanto, o governo desmentiu o boato logo em seguida.
Mais um brasileiro é fuzilado na Indonésia
O governo da Indonésia executou o brasileiro Rodrigo Gularte, 42, na última terça-feira, 28. Condenado por tráfico de drogas, ele e mais sete prisioneiros foram fuzilados na ilha de Nusakambangan.
Diagnosticado com esquizofrenia paranoide no ano passado, o paranaense foi sentenciado à morte em 2005, um ano após ser preso no aeroporto de Jacarta com 6 kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe.
A família de Gularte tentou, sem sucesso, alegar que os traficantes o haviam aliciado, aproveitando de sua instabilidade mental. O brasileiro foi velado e enterrado em sua terra natal, Curitiba (PR), como havia pedido antes de sua morte.
Tiago Henrique diz ter sido “coagido” a assumir crimes
Quebrando uma rotina de silêncio nas audiências dos processos que apuram os homicídios de que é suspeito, o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha falou ao juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, na última terça-feira, 28.
Em depoimento marcado por contradições e respostas curtas, ele chegou a afirmar que não foi o responsável por 39 assassinatos ocorridos em Goiânia nos últimos dois anos, conforme noticiado.
O suposto serial killer sugeriu também que confessou vários homicídios sob coação. Ao ser questionado sobre quem o teria coagido, ele afirmou que foram “homens da delegacia”.
As afirmações vêm após laudos periciais terem confirmado pelo menos 16 assassinatos de autoria do vigilante e Junta Médica do TJGO ter definido que ele é imputável.
Jovem é resgatado após 32 dias em cativeiro
O jovem Paulo Antônio Batista foi resgatado no último domingo, 26, após ficar em poder dos sequestradores por 32 dias. A vítima estava acorrentada a um bloco de concreto em um pequeno banheiro em uma fazenda de Goianira. Paulinho foi sequestrado por um grupo de quatro pessoas na Fazenda Jaboticabal, na cidade de Nova Fátima, no último dia 26 de março.
Quando a Polícia Civil o encontrou, o jovem estava sozinho e a família, proprietária da fazenda, teria pagado R$ 216 mil pela liberação. O delegado responsável pelo caso não confirmou o valor, mas revelou que o chefe da quadrilha, Fábio Ferreira da Silva, que está foragido, já teria participado de outro sequestro.
Delegado Waldir contra bebidas alcoólicas e motéis
O deputado federal Delegado Waldir (PSDB) quer acabar com as propagandas de bebidas alcóolicas, motéis e casas noturnas no Brasil.
Em Projetos de Lei apresentados na Câmara Federal, o tucano pede que fiquem proibidas a divulgação de tais produtos em qualquer meio de comunicação — inclusive, na internet. Além disso, peças publicitárias com mulheres “seminuas”, usando apenas lingerie, devem ser banidas.
De acordo com o representante de Goiás, o álcool é um problema de saúde pública nacional que vem “acarretando muitos outros” à sociedade. Waldir critica ainda a banalização do “erotismo” nos veículos de comunicação e defende que as leis auxiliariam no combate à prostituição, haja vista que não existe, hoje, uma “maneira para lidar com a disseminação” da atividade.
Tudo em defesa da moral, dos bons costumes e da família.